O ministro da Aviação do Egito anunciou na manhã desta sexta-feira, dia 17 de junho, que foi encontrada a segunda caixa negra do voo 804 da EgyptAir que se despenhou o Mar Mediterrâneo a 19 de maio, com 66 pessoas a bordo, entre elas um cidadão português.
O FDR (Flight Data Recorder) que é o gravador que regista todos os dados do voo, “foi recuperado em vários pedaços” mas as equipas conseguiram recuperar “a parte mais importante, que contém a memória do aparelho”, anunciou a comissão egípcia que faz a investigação ao acidente, um dia depois de anunciar a recuperação da primeira caixa negra, o CVR (Cockpit Voice Recorder), que contém dados de voz.
De acordo com as normas em vigor, um avião comercial possui duas “caixas negras”: FDR (Flight Data Recorder) e CVR (Cockpit Voice Recorder).
O gravador FDR regista, a cada segundo, todos os parâmetros técnicos ao longo de 25 horas de voo, como a velocidade, a altitude, a trajetória, entre outros.
O CVR guarda os diálogos no cockpit, mas também os sons e anúncios ouvidos no local. Uma análise aprofundada permite conhecer o regime dos motores.
Estes gravadores, introduzidos na aviação a partir da década de 1960, encontram-se no interior de caixas metálicas reforçadas, concebidas para resistir a choques extremamente violentos, fogo intenso e longa imersão em águas profundas.