Equipa da Cirrus Brasil voou no jato mais revolucionário do mercado

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No mês de Janeiro, a representação da equipe de vendas da Cirrus do Brasil esteve nos Estados Unidos, onde pode ver de perto como corre o programa do Cirrus Vison SF50.

O projeto teve um inicio promissor aquando a entrada dos três primeiros aviões de testes mas com a complexidade que é natural de um projeto tão inovador a Cirrus viu-se obrigada a prolongar a data de entrega das primeiras unidades que estavam para ser entregues no final de 2015.

Este é de facto um projeto revolucionário, um monomotor a jato para os pilotos privados, um upgrade para quem voa mono-motor a pistão sem a complexidade que se esperam dos jatos.

À cerca de oito anos foram 3 os fabricantes que se propuseram a lançar este novo modelo para o mercado, contudo só a Cirrus é que prossegue.

De acordo com a Cirrus o adiamento das datas de entrega deveram-se a aspetos que tiveram de ser revistos em termos de qualidade final do produto e de segurança, apanágio de todos os modelos da Cirrus.

O construtor americano promete assim entregar uma aeronave com os mesmos standards de qualidade, confiança e segurança que  as mais de seis mil aeronaves da marca presentes no mercado.

Esperam-se que os restantes testes de certificação sejam finalizados no primeiro semestre de 2016, logo seguido da atribuição de certificação pela FAA.

A Cirrus Brasil acredita que a aeronave seja certificada pela ANAC em consequência do aprovamento da sua congénere brasileira e que possa receber o seu modelo de demonstração que será o numero de série 026 no inicio do ano de 2017.

Nesta visita que a equipa da Cirrus fez, foi selecionada de entre varias equipas de vendas de todo o mundo para testar o avião.

Segue-se o relato apaixonado do Sérgio Beneditti, da Cirrus Brasil, sobre a sua  sua experiencia a bordo do Vision, e mais algumas dicas sobre a aeronave:


As impressões do voo com duração de 01:00 hora que realizamos no denominado Vision C2, aeronave de teste, sem sua configuração interna, sem ar condicionado e pressurização, não poderia ter sido melhor e ter causado tão boa impressão.Partindo do que conhecemos dos modelos 20 e 22, ao sentar-se no assento da esquerda do Vision a primeira impressão é a altura da cabine em relação ao solo e a ótima visibilidade frontal e lateral.
 O procedimento de partida é totalmente automatizado e após a leitura do check list a aeronave está pronta para a decolagem.

O taxi deixa claro que a massa do Vision é bastante distinta da série SR.
 Alinhado para decolagem com a manete à plena potência, a aceleração até a velocidade de rotação de 90 kts, acontece rapidamente e para um piloto de Cirrus 22 a ausência do torque da hélice torna-se uma satisfação.

Após a decolagem a outra novidade é o comando do trem de pouso. Subida a 160 kts tendo os comandos a efetividade esperada e já conhecida do Cirrus.
Com o nivelamento a velocidade cresce rapidamente, as curvas são fáceis e com a mesma tendência de estabilidade característica do SR20/22. A desaceleração do cruzeiro é feita com a redução total da potência, baixando o trem de pouso (210 kts) e os flaps (190 kts). Isso faz com que a aeronave atinja a velocidade indicada de 90 kts num instante. Transição rápida e suave.

Com relação ao estol (67 kts) existem vários níveis de proteção começando pelos avisos sonoros, visuais, passando pelo incremento de pressão no comando do profundor e chegando ao chamado stick-pusher que impede totalmente o estol da aeronave.

O piloto automático possui Yaw Damper de ação automática, o que faz que a aeronave tenha excelente estabilidade direcional.
Durante a aproximação para o pouso a 90 kts a aeronave mostrou-se estável com o cruzamento da cabeceira a 85 kts. Com o trem de pouso “trailling link” qualquer pouso é um bom pouso.

 

O prazer de voar a aeronave fez com que o voo de uma hora parecesse ter transcorrido em apenas 10 minutos.

 

Os aviônicos instalados foram desenvolvidos pela Garmin International especificamente para o SF50 e é chamado GARMIN PERSPECTIVE TOUCH. Tem a mesma filosofia de uso dos aviônicos que utilizamos hoje com grande vantagem do compartilhamento de telas (PFD e MFD) e a facilidade de operação a partir das três telas digitais auxiliares.

Com relação ao custo operacional a notícia é muito positiva, quando comparado a outros jatos leves, o Vision apresenta o menor número na categoria, US$ 662,00 por hora voada.

Este custo foi levantado pela empresa de consultoria Conklin & de Decker que tem grande credibilidade no mercado aeronáutico. Esta informação está disponível nos endereços abaixo:

AOPA

CONKLIN

A partir da primeira entrega, nos 12 meses subsequentes, 50 “position holders” se tornarão efetivos proprietários/operadores do Vision.Daí pra frente a fábrica pretende entregar à partir de 130 aeronaves por ano.

No momento a recomendação da Cirrus para os proprietários e pilotos que desejam voar a máquina é que iniciem seu treinamento e familiarização no Cirrus SR22T. Este modelo tem os aviônicos Garmin semelhantes ao Perspective Touch que equipará o Vision e voa nos mesmos níveis e condições onde o jato fará seus voos.

Os pilotos do Vision serão treinados no novo centro de atendimento ao cliente em fase de construção em Knoxville – TN, fazendo uso de um simulador de nível “D” similar aos jatos da aviação comercial. Cada cliente do Vision terá o treinamento de um piloto. O positivo disso é que um piloto que voe competentemente um SR22 em condições de voo por instrumento terá uma transição tranquila para o SF50 Vision.

A qualificação mínima para o treinamento no Cirrus Vision SF50 é ter carteira de piloto privado IFR. O Vision será voado por um só piloto na categoria “Tipo” que quer dizer que o piloto deve ser aprovado num voo de check do FAA/ANAC.

Faça um voo no SF50 Vision clicando aqui

Sérgio Beneditti

Cirrus Brasil


Sobre o Vision SF50

 

O Vision SF50 é um monomotor a jacto revolucionário, desenhado para preencher a falta de propostas de aeronaves de alta-perfomance entre os segmentos de monomotores a pistão e os jactos ligeiros que existem no mercado.

Simples de voar, fácil de operar e com custos de aquisição baixos, esta é a promessa da Cirrus, construtora com créditos firmados na produção de monomotores de alta-perfomance e conforto aliados à segurança do seu sistema, na altura revolucionário, de pára-quedas (CAPS).

A Cirrus pretende que o Vision seja uma opção natural para um up-grade dos seus modelos a pistão. Para isso criará um programa mundial de formação e aprendizagem para que a transição entre os seus aparelhos seja acessível a todos os seus clientes.

Já foram recebidas cerca de 500 encomendas do novo aparelho, que tem um preço base de cerca de 2 milhões de dólares. Este Cirrus tem capacidade até cinco adultos mais duas crianças.

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