Cerca de 20 mil pessoas que vivem na República de São Tomé e Príncipe viajaram para o exterior, sendo este número equivalente a 9,3 % da população deste país insular da África Equatorial, que tem 223.648 habitantes conforme os registos oficiais da população neste ano.
De acordo com dados do Instituto Nacional da Estatística (INE) da República de São Tomé e Príncipe, entre janeiro a novembro deste ano, 20.710 pessoas viajaram para estrangeiro, sendo o mês de novembro aquele que registou maior número de saídas num total de 2.222, seguido de setembro com 2.197, outubro com 2.173, janeiro com 2.132, entre outros meses. Agosto foi o mês que teve o menor registo de saídas, com apenas 1.270 pessoas. A grande maioria dos viajantes utilizaram os dois aeroportos do país: um na ilha de São Tomé, o principal, e o da ilha do Príncipe.
Quanto aos motivos de saída, o documento coloca, em primeiro lugar, 6.331 pessoas que viajaram de férias, equivalente a 30,6 % das saídas, seguido de 5.654 pessoas que saíram em serviço, correspondente a 27,3%, passando por 2.500 que viajaram por questões de estudo, equivalente a 12,1%, entre outras causas de saída.
A questão do número de viagens de pessoas para exterior do País foi no final de novembro foi motivo de declarações entre o Presidente da República, Carlos Vila Nova, e o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, sendo o Chefe de Estado o primeiro a afirmar na altura, que quase um quarto da população são-tomense emigrou este ano à “procura de melhores condições de vida, melhor formação”.
Em resposta, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, contrapôs que “o país não está tão mal assim, porque se uma pessoa ouve dizer que 25% da população está a sair do país, quer dizer [que] nós estamos quase num país em guerra […] então eu acho que foi só uma questão de má informação ou talvez [o Presidente da República] quis referir-se a 25% de uma categoria de pessoas e não de toda a população”.
- Texto elaborado com base em notícia da agência de notícias STP-Press