A Ethiopian Airlines vai fazer nesta semana mais um voo fretado entre Moçambique e o Brasil, contratada pela empresa de exploração e extração de minérios ‘Vale’, uma das maiores multinacionais do setor, de matriz brasileira, que tem grandes investimentos no norte do território da ex-colónia portuguesa africana do Índico, onde se localiza uma maiores minas de carvão do mundo.
Desde o início da pandemia a Ethiopian já fez quatro voos entre Maputo, capital moçambicana, e o Aeroporto de Confins, na cidade de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais. Primeiro, em março e abril, foram voos de repatriamento, transportando funcionários brasileiros que trabalham em África. Depois voos de regresso, quando a situação estabilizou, após um primeiro confinamento. Agora é um voo para transporte de funcionários e famílias que passarão o Natal e Passagem de Ano no Brasil, já com regresso marcado a Moçambique no próximo dia 10 de janeiro de 2021.
Mas desta vez há uma novidade interessante: o avião que foi fretado para o próximo voo da Ethiopian pela ‘Vale’ será um Airbus A350-900, com capacidade para transportar 343 passageiros. Nos voos anteriores foram utilizados aparelhos Boeing 787-8 Dreamliner, com 270 assentos em duas classes de serviço.
A novidade foi dada na semana passada pelo site de notícias de aviação ‘Contato Radar/CNF ao vivo’ de Belo Horizonte, sempre bem informado quanto ao movimento de aeronaves no Aeroporto de Confins.
Assim, segundo a informação disponibilizada, o A350 da Ethiopian chegará a Belo Horizonte/CNF pelas 02h00 da madrugada da terça-feira, dia 22 de dezembro, em viagem direta de Maputo. Sairá vazio no mesmo dia pelas 22h00 locais com destino a Adis Abeba, capital da Etiópia. O segundo voo, de retorno a Moçambique, tem chegada prevista a Confins no dia 9 de janeiro, pelas 22h00, procedente de Adis Abeba, sem passageiros. Descolará pelas 11h55 do dia seguinte, em voo direto para Maputo, onde chegará na madrugada do dia 11 de janeiro de 2021, com os funcionários da ‘Vale’ de regresso ao trabalho. Seguirão depois para Tete, no norte de Moçambique, também de avião, numa viagem de 1.570 quilómetros.
A Ethiopian Airlines é conhecida por ser uma das mais importantes, maiores e melhores organizadas companhias aéreas de África. Tem uma frota bastante nova, com aviões de última geração, e detém uma companhia subsidiária com COA de Moçambique, a Ethiopian Moçambique, que ganhou diversas rotas internas neste País africano.
No Brasil, a Ethiopian tem presentemente cinco voos regulares semanais para transporte de passageiros, entre Adis Abeba e São Paulo/Guarulhos e mais dois voos semanais de carga. Tem realizados ao longo dos últimos meses diversos voos pontuais para o Brasil, no segmento de carga, com pousos inéditos nos aeroportos de Belém do Pará e de Fortaleza, Estado do Ceará, onde desembarcou encomendas de equipamentos hospitalares e reabastecimentos médicos e farmacêuticos, provenientes da China, para combate à pandemia de covid-19.
- Foto © Tony Mangueira Fernandes