A Etihad Airways poderá cancelar ou adiar a sua encomenda de 25 aviões Boeing B777X com parte da sua estratégia financeira. Após ter registado perdas de dois mil milhões (biliões no Brasil) de dólares norte-americanos em 2016, a companhia aérea nacional dos Emirados Árabes Unidos, reporta um saldo negativo de 1,5 mil milhões (biliões) de dólares no exercício financeiro de 2017.
Juntamente com a Emirates e a Qatar Airways, a Etihad é uma companhia cliente do novo modelo da Boeing para voos intercontinentais. No entanto, a companhia aérea de Abu Dhabi prevê não precisar dos aviões de passageiros e prefere pagar indemnizações à Boeing por quebra de contrato que enfrentar perdas por excesso de capacidade.
Apesar do aumento do custo com combustíveis, dos desastrosos investimentos na Alitalia e na Air Berlin, durante o ano financeiro de 2017, a transportadora conseguiu reduzir os custos em 7,3% e aumentar a receita, tendo reduzido as perdas do exercício anterior em 432 milhões e melhorado o seu desempenho operacional em 22 por cento.
Em 2017, a Etihad Airways recebeu 12 aviões novos, incluindo dois Airbus A380, nove Boeing 787-9 Dreamliner e um Airbus A330F (este cargueiro). Essas aeronaves substituíram 16 Airbus A340, A330, A319 e A330F, que regressaram às empresas de leasing, reduzindo a frota da companhia para 115 unidades e a idade média dos aparelhos para apenas seis anos.
A Etihad tem pedidos pendentes de mais 160 aviões, encomendados à Boeing e à Airbus, incluindo os B777X. Poderá haver cortes nas encomendas dos 36 A320neo/321neo e 62 A350 feitas à fabricante francesa, admitem analistas do mercado, com fortes relações às companhias árabes.