José Luís Sá Nogueira é o novo presidente do conselho da administração dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), empresa que vai dirigir nos próximos anos, ao lado dos administradores Armindo Sousa e Mário Socorro Barbosa.
A apresentação dos novos membros do conselho de administração ocorreu nesta terça-feira, dia 3 de maio, na Cidade da Praia, em conferência de imprensa conjunta dos ministros das Finanças e da Economia e Emprego, Olavo Correia e José Gonçalves, respetivamente, tendo José Luís Sá Nogueira garantido que “conhece bem a TACV” e que vai trabalhar no sentido de “salvar a empresa”.
“Desta equipa, os cabo-verdianos podem esperar muito trabalho. Sabemos qual o caminho a seguir, mas precisamos primeiro conhecer os dados e a situação real da TACV, por isso, a mensagem que queremos passar para os cabo-verdianos e para o mercado, é de confiança, e um trabalho em que todos os trabalhadores da empresa vão ser chamamos para dar a sua contribuição”, afirmou o novo PCA.
O novo homem forte da companhia de bandeira de Cabo Verde disse que “conhece a casa” porque é representante da TACV no Brasil desde 2009, e aproveitou para anunciar que uma das primeiras medidas será “reordenar o pessoal” pois diz acreditar que a companhia tem “excelentes quadros” que precisam de motivação.
Mas, assegurou, o conselho de administração não vai ser “o responsável” pela solução que deve passar por várias etapas e com contribuição “de todos os trabalhadores”.
No entender do sucessor de João Pereira Silva, é preciso “ter paciência” e criar um plano de emergência para garantir o funcionamento normal da TACV, ao mesmo tempo que se prepara um plano para o “relançamento” da empresa dentro das perspetivas que o Governo traçou.
José Luís Sá Nogueira lembrou que neste momento a companhia vai ter que funcionar visto que, por exemplo, os cabo-verdianos na diáspora voltam em grande número para o país no período “crítico” das férias que está a chegar, entre os meses de Julho, Agosto e Setembro.
“O plano de emergência significa ter tudo bem planificado na organização de voos e de operações em terra, ou seja, dar todo o suporte nos serviço aos passageiros que vão chegar nos vários aeroportos do país e que normalmente enfrentam várias dificuldades, isto é, não vamos deixar até que as coisas comecem a dificultar, mas sim correr contra o tempo”, frisou.
Por sua vez, o administrador e também economista Armindo Sousa, que tem um percurso profissional na TACV, afirmou que acompanha a vida da empresa e sabe que os espera um “grande desafio”, mas que está disposto a enfrentar para mudar o rumo da situação, uma opinião partilhada pelo administrador Mário Socorro Barbosa, piloto dos TACV desde Outubro de 1982.
Ao apresentar os novos administradores, o ministro da Economia e Emprego lembrou que a conjuntura internacional da aviação civil tem sido “muito difícil”, sublinhando que nunca dantes na sua história a TACV tinha passado por momentos “tão difíceis” como é a situação atual”, provocadas não só pela concorrência, mas sobretudo pela “incapacidade” do Governo e das sucessivas administrações da empresa.
- Texto divulgado pela agência noticiosa oficial de Cabo Verde ‘Inforpress’.
- Na imagem vemos da esquerda para a direita: Comandante Mário Socorro Barbosa, José Luís Sá Nogueira e Armindo Sousa. Foto: Jornal ‘Expresso das Ilhas’/Cabo Verde