FAP deverá receber primeiro helicóptero Koala neste ano

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O Tribunal de Contas (TdC) de Portugal já deu visto ao contrato de compra dos cinco novos helicópteros ligeiros Leonardo Koala para a Força Aérea Portuguesa (FAP), dois dos quais já estão a ser fabricados apesar de o negócio continuar por fechar, revela nesta quarta-feira, dia 25 de julho, a edição digital do ‘Diário de Notícias’ (DN) de Lisboa.

O contrato foi visado pelo TdC há pouco mais de uma semana, no dia 17, cerca de três meses depois de o ter devolvido ao Ministério da Defesa “para complemento da instrução do processo e esclarecimentos”, indicou fonte oficial, referida pelo jornal.

O concurso de compra de cinco helicópteros Leonardo AW119 Koala (para saber mais sobre estes aparelhos acesse este LINK) foi lançado em maio de 2017, por 20,5 milhões de euros e com opção de compra para mais duas aeronaves, tendo as partes assinado o contrato meses depois. O facto de o TdC ter devolvido o processo acabou por atrasar a conclusão do negócio.

Certo é que a FAP mantém a expectativa de receber os primeiros dois helicópteros Koala até dezembro, pois o fabricante iniciou a sua produção apesar de o negócio ainda estar por concluir, indicaram fontes militares ao DN.

“Os primeiros dois helicópteros já estão a ser fabricados apesar de o negócio não estar fechado” com o construtor italiano Leonardo – um “gesto muito apreciado” dentro da FAP, afirmou há dias uma das fontes ouvidas pelo DN sob anonimato por não estarem autorizadas a falar.

A decisão do TdC em abril passado tinha introduzido alguma incerteza no processo de substituição dos helicópteros Alouette III, do tempo da guerra colonial e cujo tempo de vida útil atingiu o limite – pelo que têm vindo a ser retirados do dispositivo da FAP.

Mas a decisão da fábrica Leonardo acabou por minimizar os efeitos negativos do atraso resultante das falhas detetadas pelo TdC no processo instruído pelo Ministério.



Por outro lado, apesar das previsões apontarem para a paragem de toda a frota dos Alouette durante este verão, a Força Aérea Portuguesa vai conseguir manter três aparelhos a voar até março de 2019, explicaram fontes do ramo.

Isso evita interromper o treino e formação dos pilotos da Força Aérea e os da Marinha, pois os cerca de três meses de coexistência entre os primeiros Koala e os últimos Alouette permitem “fazer a transição” entre as duas frotas.

Acresce que, com as novas responsabilidades atribuídas ao ramo em matéria de apoio no combate aos incêndios florestais, na Força Aérea há “a esperança que a opção por mais dois helicópteros [prevista no contrato] seja tomada a curto prazo”.

A proposta dos Koala representou “a opção mais barata”, frisou uma das fontes, apesar de a Leonardo ter ficado como único concorrente num processo donde foi excluída a rival Airbus com o modelo H125M.

Note-se que a aquisição de novos helicópteros ligeiros para a FAP começou a ser abordada pelo ramo desde a década de noventa, quando os Alouette III já tinham cerca de três décadas de operação.

A par da formação dos pilotos, esses aparelhos destinam-se a operações de busca e salvamento e, à luz da tragédia dos incêndios que assolaram Portugal em 2017, deverão vir minimamente preparados para participar no combate aos fogos – até porque a FAP vai assumir a gestão, operação e manutenção dos meios aéreos permanentes afetos a essa missão.

 

  • Texto adaptado de uma notícia publicada nesta quarta-feira, dia 25 de julho pelo DN de Lisboa.
  • Na imagem de abertura vemos um Leonardo AW119 Koala que já está ao serviço da Força Aérea da Suécia.




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