A Força Aérea Portuguesa (FAP) salvou na semana passada, no Mediterrâneo central, 150 migrantes que se encontravam na água ou à deriva após uma embarcação de borracha sobrelotada ter naufragado, informou neste domingo, dia 9 de setembro, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
O EMGFA adiantou em comunicado, distribuído em Lisboa, que, no total, a aeronave P-3C da Força Aérea Portuguesa em missão no Mediterrâneo central, integrada na operação militar ‘Sofhia’, da Força Naval da União Europeia, detetou, a norte da Líbia, duas embarcações sobrelotadas com migrantes, tendo umas delas naufragado com centena e meia de pessoas a bordo.
O EMGFA precisa que os militares portugueses largaram, a partir do ar, jangadas salva-vidas autoinsufláveis, o que permitiu salvar cerca de 150 migrantes que se encontram na água ou à deriva agarrados a diversos objetos flutuantes.
A guarda-costeira líbia recolheu, posteriormente, os náufragos com vida.
Segundo o Estado-Maior-General das Forças Armadas, as embarcações de borracha detetadas navegavam em direção ao sul da Europa, numa das rotas da imigração irregular que ainda se mantém ativa.
Portugal participa regularmente na operação militar ‘Sofhia’, que decorre no Mediterrâneo central, estando atualmente a Força Aérea a contribuir com um destacamento de 30 militares e uma aeronave de vigilância marítima P-3C (nossa foto de entrada) da Esquadra 601-Lobos, na Base Aeronaval de Sigonella, em Itália.
A missão primária dos militares portugueses nesta operação tem como objetivo contribuir para “o desmantelamento do modelo de negócio das redes de introdução clandestina de migrantes e tráfico de pessoas, bem como para o combate ao contrabando de combustíveis no Mediterrâneo central”.
A aeronave da Força Aérea Portuguesa desempenha ainda ações para a identificação de navios que constam nas bases de dados internacionais, conhecidos ou suspeitos de exercerem atividades associadas ao financiamento ilícito e indireto de organizações criminosas ou associadas ao terrorismo transnacional, refere o EMGFA.
Portugal participa ainda nesta missão, que termina a 30 de setembro, com mais quatro militares, dois no quartel-general da operação em Roma e dois a bordo do navio-almirante, o navio da marinha italiana ‘San Marco’.