Uma nova companhia aérea passou a operar voos domésticos no mercado moçambicano desde esta sexta-feira, dia 3 de novembro. Trata-se da Fastjet que é a primeira empresa aérea estrangeira a entrar com uma aposta clara nos preços baixos como estratégia para conquistar o mercado agora liberalizado.
A Fastjet, primeira companhia aérea de capitais estrangeiros a realizar voos domésticos regulares de passageiros no território moçambicano, é detida pela sul-africana Solenta Aviation e que faz parte de um consórcio de capitais da África do Sul e do Reino Unido. A Solenta Aviation foi fundada em 2000 e tem sede na cidade de Joanesburgo, na República da África do Sul.
O voo inaugural foi entre as cidades de Maputo e da Beira. A companhia terá outras rotas internas, nomeadamente entre Maputo e as cidades de Tete e Nampula, províncias do norte e centro de Moçambique. Os aviões têm capacidade para 50 passageiros.
A Fastjet já opera na Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué e África do Sul, entre outros países africanos, com mais de 2,8 milhões de passageiros transportados no ano passado e com um desempenho de 94% de pontualidade.
Até agora, apenas a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, companhia de capitais públicos, realizava voos domésticos, mas problemas de gestão e falta de aviões, devido a constantes avarias, têm provocado atrasos e cancelamentos. As repetidas situações de anormalidade levou o Instituto de Aviação Civil de Moçambique à abertura do espaço aéreo territorial a outras companhias, conforme determinação do próprio Presidente da República, depois de uma visita às instalações da LAM no Aeroporto de Maputo, durante a qual confirmou a situação em que se encontrava a companhia aérea estatal, em termos operacionais e de frota.
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