O presidente do Grupo TAP SGPS, Fernando Pinto, foi ouvido na tarde desta terça-feira, dia 3 de novembro, na Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), na cidade de Lisboa. A notícia está a ser avançada pela imprensa online, em Lisboa, e pelos canais televisivos de informação
Em causa, estará o negócio de venda da empresa de handling Groundforce Portugal ao grupo português de Logística Urbanos e Fernando Pinto estará a ser ouvido na qualidade de testemunha, noticiou a TVI e confirmou o jornal ‘Público’ junto de fonte da PJ.
Fonte oficial da TAP confirmou que o responsável pela companhia está a ser ouvido “como testemunha de uma investigação sobre a aquisição da empresa de assistência em escala, em 2011”, na sequência de uma denúncia anónima.
“Trata-se de um processo que não é novo, está relacionado com a compra da Groundforce em 2011 e nada tem a ver com a privatização da TAP ”, disse ao ‘Público’ a porta-voz da transportadora, dizendo desconhecer, no entanto, o fundamento da denúncia anónima.
Fernando Pinto, que está à frente da TAP desde 2000, já foi chamado em ocasiões anteriores, como testemunha, em diversas investigações conduzidas por entidades judiciárias. Ainda em Agosto passado foi ouvido pelo Ministério Público por causas de dossiês relacionados com a gestão da companhia aérea, também na sequência de uma denúncia anónima. Nascido no Brasil, Fernando Pinto é engenheiro aeronáutico, tendo sido presidente da extinta VARIG, que foi no final da década do século passado a maior companhia aérea do Brasil e uma das mais importantes do continente americano. Presentemente tem nacionalidade brasileira e portuguesa.
A Groundforce é atualmente detida em 49% pela transportadora aérea estando a maioria do capital nas mãos do grupo português Urbanos. “Uma das questões em causa no processo prende-se com a faturação de serviços da empresa à TAP, que é a sua principal cliente, bem como a estrutura de custos da operadora de assistência em terra, que foi alvo de profundas reestruturações fruto dos prejuízos que acumulava”, escreve esta tarde o jornal ‘Público’ na sua edição online.