A Força Aérea Portuguesa (FAP) garantiu que a descolagem de dois F-16 para assistir uma aeronave da Transavia na segunda-feira, dia 12 de novembro, que voava sobre águas territoriais portuguesas, foi exclusivamente para prestar assistência, recusando tratar-se de um exercício militar como alegou a companhia holandesa (LINK notícia relacionada).
“Os F-16 foram ativados porque houve necessidade de tal suceder. Os F-16 descolaram, exclusivamente, para dar assistência à aeronave, não se tratou de qualquer exercício militar”, disse à agência de notícias ‘Lusa’ o porta-voz da FAP, tenente-coronel Manuel Costa.
Uma parelha de F-16M, sediada na Base Aérea n.º 5, de Monte Real, concelho de Leiria, assistiu uma aeronave da companhia aérea holandesa Transavia, que declarou emergência após descolar da ilha da Madeira.
O avião, um Boeing 737 que transportava 144 passageiros e cinco tripulantes a bordo, comunicou problemas de pressurização quando fazia a ligação com Amesterdão (Holanda), revelou a FAP em comunicado.
A aeronave divergiu e aterrou em segurança no aeroporto de Faro, pelas 12h51 locais (mesma hora UTC), adiantou a FAP que, na sequência do alerta, ativou “todo o seu sistema primário de busca e salvamento, no decurso da ocorrência”.
Noutro comunicado, a transportadora informou que foi um “ligeiro toque da cauda” durante a descolagem na Madeira que justificou a aterragem não planeada do avião da Transavia em Faro.
No mesmo comunicado, a companhia aérea, que nunca menciona uma situação de emergência, acrescentou que vários meios de comunicação social portugueses noticiaram a “interferência de F-16 [tipo de aviões] da Força Aérea”, o que “não é completamente correto”, já que, segundo as suas informações, “fez parte de um treino/exercício” dos militares.
O porta-voz deste ramo das Forças Armadas Portuguesas fez saber que “a FAP não usa aeronaves comerciais em exercícios militares”.
Esta foi a segunda vez em menos de 24 horas que a Força Aérea ativou a parelha de F-16 em alerta permanente na Base Aérea n.º 5, em Monte Real, para escoltar uma aeronave civil em dificuldades.
No domingo, o avião da Air Astana, que descolou de Alverca, nos arredores da capital portuguesa, e que declarou emergência, esteve algum tempo a sobrevoar a região a norte de Lisboa e o Alentejo, numa trajetória irregular, antes de ter sido tomada a decisão de o Embraer da companhia do Cazaquistão aterrar no aeroporto de Beja, o que sucedeu numa terceira tentativa.
Pois, mas eu que estava na frequência deles a subir no sentido contrário ouvi com todas as letras o ATC dizer ao Transavia que ia ser interceptado por 2 F16 para treino.