A companhia tailandesa Thai Airways International vai manter em terra a sua frota de 10 aviões Airbus A340 (quatro do modelo 500 e seis do modelo 600), que já não voa nas suas linhas comerciais.
A Thai reconhece que não tem sido fácil encontrar um comprador para uma dezena de aeronaves comerciais com quatro motores destinadas a voos de longo curso, quando no mercado existem aparelhos de dois motores com a mesma capacidade de transporte e com custos operacionais menos onerosos.
O presidente executivo da companhia, Charamporn Jotikasthira, disse numa entrevista publicada na semana passada em Banguecoque que a Thai vai focar a sua gestão deste ano nos custos, nomeadamente na construção de um site na Internet, de melhor e mais fácil acesso para os seus passageiros, e em sistemas de vendas mais agressivas que ajudem a colmatar as muitas vagas que se verificam nos seus voos, nomeadamente nos internacionais.
A companhia é controlada pelo governo, mas a sua gestão deverá ser mais proficiente, de modo a ultrapassar os constantes prejuízos que regista anualmente desde 2013. Nos primeiros nove meses de 2015 os prejuízos estavam avaliados em cerca de 506 milhões de dólares norte-americanos, quase o dobro do mesmo período do ano anterior.
Em 2015 a Thai Airways International conseguiu uma ocupação média de 73% no ano passado, uma melhoria considerável face aos 69% de 2014. A previsão para 2016 é de que essa percentagem chegue aos 80 por cento dos lugares disponibilizados nos seus voos.
A venda dos 10 Airbus A340, com idade média de dez anos de serviço, poderá dotar a companhia dos meios necessários a novos investimentos, sobretudo virados para a modernização dos seus meios operacionais, que não só os equipamentos de voo, disse o presidente da aerotransportadora tailandesa.