Vinte e três funcionários da empresa de handling Groundforce Portugal, que trabalhavam no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, até 2016, vão ser julgados por furto de centenas de objetos que passageiros transportavam nas bagagens, para posterior venda na internet e a terceiros.
O Ministério Público (MP) deduziu, inicialmente, acusação contra 25 arguidos, alguns dos quais requereram a abertura de instrução, mas o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa pronunciou (decidiu levar a julgamento) 24 dos arguidos nos termos da acusação: 23 operadores de assistência em escala ao transporte aéreo e a companheira de um dos arguidos.
O MP conta que os bens furtados eram depois postos à venda pelos arguidos em diversas páginas da internet, ou, então, eram vendidos e trocados entre si, “consoante as necessidades ou a procura desses bens por terceiros que os pretendiam adquirir”.
Estes funcionários comunicavam entre si, telefonicamente ou através dos rádios que lhes estavam adstritos, para alertar para a presença de elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Aeroporto de Lisboa que se encontrassem a efetuar fiscalizações.
O julgamento estava previsto iniciar-se na terça-feira, dia 22 de outubro, mas foi adiado para março de 2020 devido à falta/indisponibilidade de salas do Campus da Justiça, em Lisboa, noticiou a imprensa portuguesa.