A equipa internacional, que integra técnicos e gestores da empresa sul-africana Fly Modern Ark, constituída para retirar a companhia estatal LAM – Linhas Aéreas de Moçambique da atual situação de insolvência, começou a trabalhar nesta terça-feira, dia 18 de abril, anunciou a imprensa moçambicana.
O grupo de trabalho foi apresentado na última quinta-feira, dia 12 de abril, aos gestores da LAM pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, sendo que as partes vão trabalhar juntas durante um período de seis meses ou de um ano.
Pela frente há muito trabalho a desenvolver, nomeadamente na avaliação da situação da empresa, no seu plano de reestruturação e estratégico que tem em vista recuperar a empresa aérea de bandeira moçambicana, única existente no País para voos regulares de médio e longo curso, e colocá-la a funcionar numa perspectiva de rentabilidade e sustentabilidade.
Os trabalhos incluem o aluguer de aviões e outros equipamentos, cujos números ainda são desconhecidos, carecendo de uma avaliação das necessidades e capacidade da LAM. Para já, há que contar com uma dívida de 300 milhões de dólares, que tem de ser negociada ou, eventualmente, integrada no capital de uma nova empresa que poderá surgir da ‘refundação’ da LAM. Contudo, nada decidido ou sequer previsto, já que do diálogo entre as partes, é que surgirão as soluções que melhor contribuirão para a recuperação da companhia aérea.
A estratégia de recuperação da LAM passa igualmente pela redução dos preços dos bilhetes de passagem aérea, segundo revelou o ministro Mateus Magala, citado pelo jornal ‘Notícias de Maputo’: “Geralmente, a redução da tarifa é em função das economias de escala e eficiência. Isso tem de ser aliado dentro de uma gestão eficiente e de um ambiente regulatório favorável da aviação civil. É isso que se pretende alcançar com brevidade para que os passageiros possam beneficiar de maior acesso da LAM”, explicou.
A decisão de submeter a LAM a uma nova gestão surge de uma avaliação realizada no ano passado pelo Banco Mundial, disse Mateus Magala. O governante que tutela os transportes aéreos na República de Moçambique explicou que a situação da LAM não permite avançar para a privatização da empresa por conta da dívida de 300 milhões de dólares, entre outros.