O Airbus A321 da companhia russa Metrojet que caiu na Península do Sinai, Egito, no último sábado, dia 31 de outubro, foi derrubado por uma explosão, anunciou nesta quarta-feira, dia 4 de novembro, uma fonte do gabinete do primeiro-ministro britânico David Cameron.
Face a essa contestação, que a fonte governamental do Reino Unido atribui a um dos elementos da equipa técnica que analisou as duas caixas negras do aparelho sinistrado, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (CAA) ordenou a proibição de sobrevoo da Península do Sinai a todos os aviões de bandeira britânica.
As notícias avançadas por Londres nesta tarde não estão a ter a mesma cobertura na Rússia e no Egito, onde as autoridades não desmentem nem confirmam, a veracidade de um eventual ataque do Exército Islâmico (IS) ou de outra força guerrilheira que disputa território no Sinai. A ‘reivindicação’ do IS feita no dia seguinte à tragédia através de uma conta do Twitter foi considerada pelo governo egípcio como uma “manobra de propaganda”.
Fontes diplomáticas no Ocidente manifestaram-se surpreendidas com a reação do gabinete de David Cameron. É provável que até final do dia haja alguma declaração oficial em Moscovo ou no Cairo, capitais dos dois países envolvidos diretamente na tragédia: a Rússia, de onde era o avião e a grande maioria dos 224 mortos registados, e o Egito, sobre cujo território o avião caiu, respetivamente. A aeronave viajava com turistas da estância turística de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, para São Petersburgo, na Rússia.