O Ministério dos Transportes da Indonésia revelou hoje, sábado, dia 3 de Janeiro, que o voo da AirAsia Indonésia entre Surabaya e Singapura (QZ8501) cujo avião caiu no mar no passado domingo, estava a ser realizado sem que a companhia tivesse permissão para o fazer, pelo que decidiu “congelar” a autorização da rota.
A agência de notícias indonésia escreve que o Ministério alegou que a Air Asia Indonesia estava a operar o voo entre Surabaya e Singapura (QZ8501) em mais dias do que estava autorizada a fazê-lo, que eram as segundas, terças, quintas e sábados.
“Isto é uma violação da autorização de voo que nós demos”, declarou o porta-voz do Ministério dos Transportes, que, segundo a imprensa, está também a investigar a informação de que a tripulação do voo acidentado não terá levantado o relatório sobre as condições climatéricas em rota.
As notícias mais recentes sobre as buscas no mar dos destroços e vítimas do voo QZ8501 indicam que já foram recuperados 30 corpos, alguns deles ainda presos a cadeiras do avião, e que nas últimas horas foram detectados a cerca de 30 metros de profundidade “dois grandes objectos” que as autoridades indonésias dizem estar seguras de serem destroços do Airbus A320-200, embora ainda não tenham conseguido imagens, porque o estado do mar não permitiu utilizar veículos de controlo remoto.
A expectativa é de que um desses destroços seja a secção de cauda do avião onde se encontram as chamadas ‘caixas pretas’, os ‘gravadores’ de dados do aparelho e de voz do que se passa no ‘cockpit’, que são cruciais para explicar como se deu o acidente.
O voo, com 155 passageiros e sete tripulantes a bordo, despenhou-se cerca de 40 minutos depois de ter descolado de Surabaya, na ilha de Java (Indonésia) e poucos minutos depois de a tripulação ter solicitado autorização para subir e evitar nuvens que tinha pela frente.
- Texto publicado hoje pelo portal de notícias de turismo e viagens ‘PressTUR‘, parceiro editorial do ‘Newsavia’ em Portugal