O ministro português das Infraestruturas assume que houve “falhas graves” no sistema de controlo de tráfego aéreo. Pedro Nuno Santos garante que a empresa que gere estas operações em Portugal, a NAV, já tomou medidas para corrigir os problemas detetados pelo gabinete que investiga os acidentes no transporte aéreo (GPIAAF) e que foram tornados públicos através da divulgação de partes de um relatório preliminar pelo semanário ‘Expresso’.
“Os incidentes foram graves e o relatório é importante para avaliar os acontecimentos. A NAV está a tomar ações para corrigir tudo e garantir que no futuro não teremos esse tipo de falhas no futuro”, referiu Pedro Nuno Santos à margem de uma cerimónia no porto de Sines, em declarações difundidas pelo canal televisivo RTP3, e citadas pelo jornal digital ‘ECO’.
Entre as medidas tomadas, o ministro detalhou que houve a demissão de um chefe de torre de controlo e foi instaurado um processo disciplinar a um supervisor. Para corrigir as falhas de assiduidade, foram ainda feitas “algumas alterações” e houve a “contratação de tecnologia” que irá “permitir controlar melhor a assiduidade dos controladores aéreos.
A versão preliminar do relatório deu conta de vários problemas no controlo do tráfego aéreo nacional, como presenças fictícias de trabalhadores, a presença de televisores e de telemóveis para distrair os funcionários e a não observação dos tempos de descanso obrigatórios. Nos aeroportos do Porto e de Ponta Delgada, nos Açores, houve duas situações em que esteve iminente a colisão entre avião e o carro de serviço na pista.
- Foto de abertura © Carlos Seabra