A greve de dois dias dos controladores aéreos em França, iniciada no domingo, dia 20 de março, e com fim previsto para as 05h00 de terça-feira, dia 22 de março, obrigou as companhias aéreas que voam para aeroportos do País a anular cerca de 30 por cento dos voos programados, provocando atrasos em mais de metade do movimento previsto e ainda custos acrescidos nas operações de diversas transportadoras aéreas internacionais que, desde domingo estão a optar por viagens mais longas, para evitar a entrada e passagem no espaço aéreo controlado pelos grevistas.
Em Portugal mais de duas dezenas de voos provenientes de França e de outros países europeus foram cancelados nesta segunda-feira, dia 21, de acordo com o site da ANA Aeroportos de Portugal. Não é possível, para já ter uma ideia concreta, apenas no final do dia, pois há companhias com aviões retidos em aeroportos franceses e outras que estão a reprogramar voos devido a tempos de viagem mais demorados do que previsto nos planos de voo, quando em condições normais.
A greve, que foi lançada pelo UNSA (terceiro sindicato dos controladores do tráfego aéreo), tem como objetivo protestar a decisão de “acelerar” a baixa de efetivos em 2016, quando “todas as previsões de tráfego indicam perspetivas de crescimento significativas”.
O sindicato lamenta ainda a “falta de investimento”, levando a “falhas cada vez mais frequentes, com implicações diretas na cadeia de segurança”.
A TAP, como outras companhias europeias como são os casos das companhias de baixo custo Ryanair, EasyJet e Transavia, cancelaram diversos voos para e de países limítrofes da França – casos da Alemanha, Suíça e Bélgica, por exemplo – devido à greve nas zonas do espaço aéreo francês que os seus aviões deveriam atravessar.