O conglomerado económico internacional HNA, de matriz chinesa, adquiriu a participação da empresa brasileira Odebrecht Transport na empresa RIOgaleão, concessionário do Aeroporto Internacional António Carlos Jobim, na cidade do Rio de Janeiro, o segundo mais movimentado do Brasil.
Segundo refere o jornal ‘O Estado de São Paulo’, a HNA Infrastruture vai pagar 60 milhões de reais por 31% da empresa e assumir a dívida, outorga da concessão e um compromisso de investimento de 620 milhões de dólares norte-americanos.
A estrutura acionista da RIOgaleão passa a ser constituída pela Infraero, empresa pública concessionária ainda da maioria dos aeroportos comerciais do Brasil, com 49%; pela Changi Airports, de Singapura, com 20%; e pela HNA Infrastruture, com 31%.
‘O Estado de São Paulo’ escreve que desde o ano passado, que a concessionária do Aeroporto do Rio de Janeiro vinha buscando uma alternativa para resolver seus problemas financeiros. Com a queda na demanda, decorrente da recessão que assola o Brasil, as receitas do grupo ficaram aquém do esperado, dificultando o depósito das outorgas (prestações financeiras devidas pela concessão) nos prazos acordados.
No leilão de concessão, em 2013, a concessionária aceitou pagar 19 bilhões (mil milhões) de reais em 25 parcelas anuais durante a vigência do contrato. Com o envolvimento da Odebrecht na Operação Lava Jato, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) não liberou o empréstimo de longo prazo para dar continuidade aos investimentos no aeroporto.
O conglomerado HNA, normalmente designado por Grupo HNA, com interesses em diversos sectores da economia mundial, é dono da Hainan Airlines que, por sua vez, é acionista da AZUl – Linhas Aéreas Brasileiras e da TAP Portugal, nesta com entrada de forma indireta através da companhia brasileira, aquando da recente privatização da empresa lusitana.