Grupo SATA diminuiu prejuízos em mais de 10 milhões no 1º semestre deste ano

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O presidente do Conselho de Administração do grupo SATA revelou nesta sexta-feira, dia 10 de Julho, na cidade de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, onde o grupo aéreo açoriano tem a sua sede, que a operadora conseguiu reduzir em 53% o seu resultado operacional negativo no primeiro semestre de 2015, ou seja, menos 10,2 milhões de euros.

“O conselho de administração faz uma avaliação globalmente positiva do desempenho no primeiro semestre de 2015”, declarou Luís Parreirão, que apresentou estes resultados do grupo aos jornalistas, em Ponta Delgada, antes de um encontro com os órgãos sociais da empresa para os informar sobre a evolução da companhia aérea dos Açores, uma região insular e autónoma de Portugal, que tem um governo próprio.

De acordo com um documento distribuído à comunicação social, o grupo SATA, que é totalmente propriedade do Governo Regional, passou de um resultado negativo de 19,41 milhões de euros no primeiro semestre de 2014 para 9,21 milhões de euros negativos no primeiro semestre do corrente ano (menos 10,2 milhões de euros).

Luís Parreirão afirmou que durante o primeiro semestre de 2015 foi pedido um “conjunto de sacrifícios relevantes” que obteve “genericamente uma resposta positiva” por parte dos trabalhadores.

O presidente da empresa realçou que, no entanto, se está “apenas no início de um caminho que é longo” para alcançar o equilíbrio das contas da empresa, a sua sustentabilidade e a eficiência operacional.

“Este é um primeiro passo, não é um ponto de chegada, é um ponto de partida”, sublinhou, para acentuar que num quadro de abertura do mercado aéreo da Região Autónoma dos Açores (desde 1 de abril de 2015) e de alteração da configuração do mercado nacional e dos seus ‘players’ se conseguiu uma “significativa diminuição dos custos” e aumentar a receita.

Quanto à oferta do grupo SATA, Luís Parreirão referiu que foi ajustada à procura com “melhorias significativas de rentabilidade” na generalidade das rotas, a par de um aumento de passageiros e do início do processo de renovação da frota.

“Estamos apenas na corrida de descolagem, não estamos ainda em pleno voo e muito menos perto do ponto de chegada”, declarou.

Referindo-se especificamente à SATA Internacional (que faz ligações de e para fora dos Açores), revelou que no primeiro semestre houve uma diminuição da receita operacional de 4,3 milhões de euros e dos gastos operacionais em cerca de 10 milhões.

O resultado operacional foi negativo em 11 milhões de euros, mas melhor em cinco milhões do que no primeiro semestre de 2014. Já o resultado líquido teve uma diferença de cerca de seis milhões de euros, “para melhor”, em comparação com o primeiro semestre de 2014.

“Isso traduz-se na melhoria dos custos operacionais, que é, de facto, muito significativa, e tem origem, sobretudo, em dois fatores, como a redução do preço do ‘jet fuel’ nas contas e também a redução de custos com pessoal”, afirmou.

No caso da SATA Air Açores (que faz os voos entre as ilhas do arquipélago), os rendimentos operacionais da empresa aumentaram cerca de dois milhões de euros no primeiro semestre de 2015, relativamente ao mesmo período de 2014, tendo os gastos operacionais descido no mesmo montante. O resultado operacional foi positivo em cerca de 2,4 milhões de euros.

No entanto, o resultado líquido continua negativo, no conjunto, mas regista-se uma “melhoria global” nos resultados operacionais de cerca de 4,6 milhões de euros, de acordo com Luís Parreirão.

De acordo com a síntese semestral de 2015 do grupo SATA, o número de rotações cresceu dois por cento, os lugares oferecidos um por cento, o número global de passageiros 12 por cento e a carga e correio transportado seis por cento.

 

  • Texto base da autoria da agência noticiosa Lusa publicado na imprensa diária portuguesa.

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