A Azores Airlines transportou, em sete meses, cerca de 11 mil passageiros entre a região Autónoma dos Açores, em Portugal, e a República de Cabo Verde, mantendo uma ocupação média de 70% desde o início da linha, em junho.
A companhia portuguesa, com sede nos Açores, iniciou as operações para Cabo Verde no dia 3 de junho de 2017, com duas frequências semanais no verão e uma no Inverno, o que permitiu a oferta de um total de mais de 16 mil lugares.
Entre junho e dezembro, a companhia desembarcou no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia, 5.600 passageiros e embarcou 5.200 em 102 voos diretos Praia-Ponta Delgada, segundo dados avançados, na cidade da Praia, por Carlos Santos, gestor para o mercado cabo-verdiano.
“Tivemos uma taxa de ocupação muito satisfatória. Acima dos 90% de junho a setembro e entre 50 e 60% nos restantes meses. Dá uma media de 70%, o que é excelente”, disse.
Carlos Santos falava aos jornalistas à margem de uma sessão no Centro Cultural Português para apresentar os resultados da rota cabo-verdiana em 2017 e perspetivar o ano de 2018.
Os voos Praia-Ponta Delgada possibilitaram aos passageiros a ligação aos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Alemanha, bem como à generalidade dos mercados operados pelo Grupo SATA, em que se integra a Azores Airlines.
Para 2018, Carlos Santos adiantou que a aposta da empresa passa por trabalhar os mercados tradicionais da SATA, combinados com um ‘stopover’ nos Açores.
“Cabo Verde é um mercado muito apetecível para os alemães que poderão combinar Açores e Cabo Verde”, exemplificou.
Lisboa, Porto e Madeira são outros mercados de aposta da empresa, que pretende reforçar também a rota dos Estados Unidos. “Vamos ter muito foco nos Estados Unidos porque estamos a falar de um mercado de 300 milhões de habitantes e que tem uma grande apetência por Cabo Verde. Temos muito trabalho pela frente”, disse.
Carlos Santos estimou que, com a aposta nas ligações com os mercados da Macaronésia (Açores, Canárias, Madeira e Cabo Verde), português, canadiano e europeu, o tráfego de passageiros da companhia vá “aumentar muito em 2018”.
O responsável da SATA disse ainda que a empresa irá continuar a voar para a cidade da Praia, na ilha de Santiago, não estando prevista a ligação com outras ilhas do arquipélago cabo-verdiano.
- Foto © Rui Guerreiro