Grupo SATA retoma negociações com sindicato do Pessoal de Voo

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A administração do Grupo SATA (dona das companhias SATA Air Açores e Azores Airlines) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC)  retomam nesta terça-feira, dia 18 de junho, as negociações sobre a carreira dos tripulantes, estando “suspensa” uma greve que deveria acontecer entre 22 de junho e 1 de julho, anunciou na tarde desta segunda-feira, dia 17 de junho, a agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’.

De acordo com o presidente do conselho de administração do grupo aéreo português, com sede nos Açores, António Teixeira, a greve que estava prevista “foi suspensa”, entrando agora empresa e sindicato “num plano de negociações” que irão começar terça-feira visando chegar a um consenso entre as partes.

António Teixeira, que falava em Ponta Delgada, à margem de uma reunião com a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas do Governo dos Açores, Ana Cunha, referiu que se tem vindo a “apelar a todos os sindicatos ao bom senso para se chegar a um bom termo no plano de negociações na fase em que a SATA se encontra”, nomeadamente a nível financeiro, depois de terminar 2018 com prejuízos de mais de 53 milhões de euros.

O responsável afirmou que o bloqueio na marcação de lugares nos aviões da operadora vai ser ultrapassado – entre 22 de junho e 1 de julho não era possível marcar viagens na Azores Airlines, deixando de fazer sentido o plano de contingência que estava projetado para os dias da referida greve, que esteve prevista, mas cujo pré-aviso de greve não chegou a ser apresentado oficialmente.

O administrador considerou que a situação atual do Grupo SATA “não se compadece com situações dessa natureza”, sendo “extremamente difícil levar em frente o projeto se houver internamente convulsões”, adiantando que tem contado com os parceiros sociais neste processo.

A titular da pasta dos Transportes, sobre os recentes cancelamentos de voos da SATA Air Açores para as ilhas do Pico e Faial, que motivaram a reunião, assumiu que “existem constrangimentos na comunicação com os passageiros em todas as situações irregulares, não só nos casos que afetaram aquelas duas ilhas, mas em geral, em outros casos que se têm verificado”.

 

Companhias do Grupo SATA têm falta de pilotos

A administradora do Grupo SATA responsável pelas Operações, Ana Azevedo, considerou que os cancelamentos para o Faial e Pico se ficaram a dever a “razões técnicas” motivadas por um pássaro que entrou no motor de um avião, que teve de ser reparado, tendo ainda havido dois cancelamentos por “falta de tripulação”.

Ana Azevedo considerou que o volume de pilotos “ainda não está com os níveis desejados para a frota existente”.

A administradora afirmou ainda que a falta de aviões e tripulações serão colmatadas com recurso aos ACMI (aluguer de aeronaves e profissionais) para os aeroportos onde se pode operar, sendo que no caso do Faial e Pico “tem que ser com a frota da SATA”.

O grupo SATA possui cerca de 60 pilotos, alguns dos quais em formação e treino, sendo a meta para a frota existente chegar aos 90, havendo neste momento uma “grande sobrecarga de trabalho” para os profissionais que estão no terreno, que estão a trabalhar nas folgas e férias.

 

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