O Governo da Guiné-Bissau vai passar a cobrar cerca de 45 euros por teste de covid-19 para efeito de viagem área, segundo um decreto publicado nesta quarta-feira, dia 18 de novembro, anunciou a Presidência da República, na cidade de Bissau.
“Todo aquele que pretenda realizar testes de covid-19 para efeito de viagem aérea deve efetuar o pagamento de uma taxa no valor de 30.000 francos CFA (cerca de 45 euros)”, determina o decreto.
O documento precisa também que o pagamento do teste deve ser feito através de depósito na conta do Alto-Comissariado para a Covid-19 ou de transferência por ‘Orange Money’ ou ‘Mobile Money’.
No decreto, o Governo guineense justifica a decisão com a falta de recursos financeiros e materiais suficientes para manter os testes gratuitos, tendo em conta os custos inerentes a todo o processo, que “são elevados”.
“Com base nos motivos atrás referidos, o Alto-Comissariado para a Covid-19 propôs ao Governo, enquanto gestor dos assuntos relacionados com a covid-19, a criação de uma taxa a cobrar a todos aqueles que realizem testes por motivo de viagem como forma de comparticipar os custos dos mesmos”, justifica o documento oficial.
A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 2.421 casos positivos de covid-19 e 43 vítimas mortais desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Em África, há 48.016 mortos confirmados em mais de 1,9 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Angola regista 328 óbitos e 13.818 casos, seguindo-se Moçambique (116 mortos e 14.514 casos), Cabo Verde (103 mortos e 9.960 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.121 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.421 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 967 casos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,9 milhões de casos e 166.699 óbitos), depois dos Estados Unidos.