O Governo da Holanda atualizou nesta segunda-feira, dia 24 de agosto, as recomendações de viagens para os cidadãos que pretendem deslocar-se de férias para o estrangeiro em férias, e colocou em sinal amarelo (desaconselhado e sujeito a quarentena de 10 dias no regresso à Holanda) toda a Espanha, incluindo os arquipélagos das Baleares e das Canárias, segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores. A decisão governamental levará a uma retração no número de voos para destinos de férias em Espanha, que contaram na semana passada com algumas centenas de voos provenientes da Holanda.
Esta atualização a que se soma ainda Aberdeen, no Reino Unido, Mónaco e algumas regiões francesas, nomeadamente a cidade de Paris e os arredores da cidade de Marselha e os Alpes Marítimos, surge depois da deteriorização da contenção da pandemia na Espanha e em França.
O Governo avisou a Associação das Agências de Viagens dos Países Baixos (ANVR) de que o número de cidadãos holandeses contagiados é elevado entre os que regressam de férias em Espanha, facto confirmado pelos testes de despiste que têm sido realizados nos últimos dias. Desta forma a Holanda recomenda que só devem deslocar-se para Espanha as pessoas que tenham necessidade inadiável.
A Espanha notificou 19.382 novos contágios de coronavírus desde sexta-feira passada, 2.060 dos quais foram diagnosticados nas últimas 24 horas, o que eleva a 405.436 o total de casos no país, segundo números divulgados nesta segunda-feira, dia 24, pelo Ministério da Saúde.
Nos últimos sete dias, segundo os dados, morreram 96 pessoas, o que eleva o total de mortes por covid-19 no país desde o início da pandemia a 28.872.
A maioria dos casos e das mortes continua a registar-se na região de Madrid, onde foram notificados 409 novos casos nas últimas 24 horas e 32 mortes nos últimos sete dias.
Segundo o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, há nesta altura 5.484 pessoas hospitalizadas, 658 das quais em unidades de cuidados intensivos.
A Espanha regista nas últimas semanas um aumento de casos de infeção, tendo atingido na quarta-feira passada o número mais elevado de novos casos desde o final de maio (3.715).