O novo Embraer E2, a versão modernizada da família E-jet, será o primeiro jacto comercial a fazer a ponte entre os jactos executivos e os aviões comerciais de linha aérea, com entregas previstas para começar em 2018. Em destaque no conjunto de aviónicos colocados à disposição dos pilotos de aviação regional – alguns dos quais relativamente novos na aviação comercial – estará a visão sintética: uma representação em 3D do terreno, obstáculos e pistas, combinados com determinados sistemas de informação situacional já disponíveis há uma década nos cockpits dos modernos jactos executivos. Esta informação será visualizada em quatro ecrãs de 14,1 polegadas num layout de paisagem, que constituem o painel de instrumentos do cockpit.
Designada por SmartView na Honeywell, a visão sintética é hoje comum nos novos jactos executivos, assim como nos aviões ligeiros e até nos tablets e iPads. Embora os pilotos possam usar a informação situacional apenas como tal (e não para navegação), os benefícios em termos de segurança são tangíveis, incluindo um sentido de atitude com base no terreno e em informações como o traçado da rota de voo, indicador de aceleração, registo de erro na velocidade e indicador de ângulo de descida que, historicamente, estão disponíveis nos head-up displays. Tal como na actual geração de E-Jet, a Embraer oferecerá um ou dois head-up displays nos E2, possivelmente, com capacidade de visão sintética.
O E2 também terá a próxima geração do Flight Management System (FMS) da Honeywell, um upgrade que também será feito na actual frota de E-Jet, dos quais mais de 1100 aparelhos foram entregues. Entre outras capacidades, que foram utilizadas pela primeira vez no Boeing 747-8 e no jacto executivo Gulfstream G650, incluem-se um índice de custos e um perfil de descida optimizado (idling), assim como um datalink de mensagens que podem entrar automaticamente no FMS, em vez de introduzidas manualmente, incluindo alterações de rota. O índice de custos é um ratio entre os salários da tripulação e a manutenção em função do combustível consumido, que é usado para optimizar altitudes de voo de cruzeiro e escolha de potência.