A companhia Hong Kong Airlines, subsidiária do Grupo HNA, e com sede na Região Autónoma Especial de Hong Kong, no sul da China, tem de encontrar até à próxima semana um novo investidor ou negociar novos créditos e garantias bancárias, para assegurar a sua continuidade operacional.
As notícias que chegam do território chinês, nas últimas semanas abalado por constantes tumultos de rua e mergulhado num clima de grande instabilidade político-social, não são as melhores e apontam para uma grande queda da situação económica-financeira da Hong Kong Airlines, que num comunicado interno justificou as razões porque atrasou o pagamento dos salários de novembro a cerca de metade dos seus cerca de 3.600 empregados. Foram pagos os tripulantes – pilotos e assistentes de bordo – e os restantes só receberão no próximo dia 6 de dezembro, segundo informou a empresa.
O jornal ‘South China Morning Post’ diz que a companhia vai cancelar diversos voos regulares no próximo mês de fevereiro de 2020, nomeadamente para Los Angeles (EUA) e Vancouver (Canadá), para onde a Hong Kong Airlines está a voar com aviões Airbus A350-900. Outras rotas para países asiáticos e para destinos domésticos na República da China também estão a ser avaliadas.
O jornal alerta ainda para o facto do certificado de operador aéreo (COA), licença indispensável para uma empresa estar no mercado de transporte aéreo, poder ser retirado se à companhia, se esta não fizer prova da sua boa saúde financeira. Aliás, a autoridade encarregue – a ‘Air Licensing Transport Authority’ – tem, desde outubro passado, alertado os administradores da Hong Kong Airlines para essa situação.
A Hong Kong Airlines é propriedade do Grupo HNA, conglomerado económico chinês, com negócios em diversos países, nomeadamente nas áreas da banca, turismo, hotelaria e aviação, que também passa por uma situação financeira difícil.