IATA considera proibição de eletrónicos portáteis nos aviões “inaceitável”

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A proibição de transporte de dispositivos eletrónicos portáteis imposta pelos Estados Unidos da América e pelo Reino Unido para os passageiros dos aviões comerciais  que chegam ou partem para alguns países árabes do Médio Oriente e para a Turquia “é inaceitável a longo prazo”, considera a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)

Alexandre Juniac, diretor-geral da IATA, pronunciou um discurso duro na semana passada, durante o Conselho de Relações Externas de Montreal, e deixou a mensagem ao poder executivos dos países que decidiram a proibição: “Não houve nenhuma reunião [com as companhias aéreas] nem coordenação dos governos”, antes que as duas proibições entrassem em vigor.

A diretiva dos EUA proíbe dispositivos eletrónicos maiores do que um telemóvel e afeta voos de nove companhias aéreas de dez aeroportos internacionais nos seguintes países: Turquia, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Marrocos.

A proibição britânica é semelhante e abrange os aviões da Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.

“Estamos a questionar algumas situações que sustentam a confiança nas nossas medidas de segurança”, referiu o diretor-geral da IATA. “Porque é que os Estados Unidos e o Reino Unido não têm uma lista comum de aeroportos? Como é que os computadores portáteis podem ser seguros na cabina em alguns voos e noutros não, especialmente se originarem em aeroportos comuns?” O diretor-geral da IATA afirmou ainda que “de certeza que existem métodos eficazes de controlar equipamentos eletrónicos nos controlos de segurança dos aeroportos”.

“Estas medidas não são aceitáveis a longo prazo para combater qualquer ameaça que eles [EUA e Reino Unido] estejam a tentar combater. Mesmo no curto prazo é difícil de entender a sua eficácia. E as distorções comerciais que criam são severas. Nós apelamos aos governos para que trabalhem em conjunto com a indústria de forma a encontrar um caminho para voar seja seguro sem que os passageiros tenham de ser separados dos seus mecanismos eletrónicos”, acrescentou Alexandre Juniac.

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