A TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde deixou de estar coberta pela ‘clearing house’ da IATA, sem a qual os seus bilhetes deixam de ser automaticamente aceites por outras companhias, como já é o caso da TAP, cujo responsável pelo mercado de Cabo Verde já o anunciou, invocando que é “para evitar o avolumar de créditos”.
“Vai haver limitações e condicionamentos a nível de aceitação de tráfego e bilhetes da TACV. Para evitar o avolumar de créditos tivemos que tomar uma posição de não assumir bilhetes TACV na TAP”, afirmou João Inglês, delegado da TAP em Cabo Verde, citado em notícia da agência portuguesa Lusa.
A notícia começa por citar uma informação da Rádio Cabo Verde em que o presidente dos TACV, João Pereira da Silva, confirma a suspensão da ‘clearing house’ da IATA, sistema que regula as relações comerciais entre companhias aéreas, agilizando as transferências de bilhetes.
João Pereira da Silva explicou que a situação resulta do fato da companhia cabo-verdiana não ter renovado a caução que garante a participação da companhia aérea, acrescentando que nessa situação “o sistema ‘clearing house’ fica suspenso e temos que fazer pagamentos directos e, em alguns casos antecipados, o que cria mais problemas de tesouraria e de imagem, maiores de imagem e de confiança”.
“Os parceiros que aceitavam encomendas nossas com colocação das facturas na ‘clering house’, agora não vão aceitar, vão exigir que paguemos antecipadamente ou que apresentemos garantias de pagamento”, referiu o presidente dos TACV, que comentou ainda: “Não significa que deixemos de funcionar, temos é mais stress de tesouraria e isso tem implicações negativas em termos de imagem e credibilidade. Mas vamos repor a situação em breve”.