Indra apresenta projeto para integrar o tráfego de drones com aeronaves tripuladas

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O mercado de drones apresenta uma ascensão global – e, especialmente na área de serviços, são várias as projeções de muitos milhões de dólares relacionadas com o uso desses aparelhos. Com uma infinidade de serviços que serão prestados usando as aeronaves não tripuladas, será fundamental integrar esse tráfego aéreo ao tradicional de maneira eficiente a fim de garantir a ocupação do espaço aéreo de maneira saudável.

Resolver essa questão é um desafio e tanto. Como uma tentativa de solucioná-la, a companhia global de tecnologia e consultoria Indra apresentou recentemente uma proposta em um simpósio realizado na China e o projeto foi escolhido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI/ICAO) como uma das iniciativas com maior capacidade de responder a este problema a partir de uma ótica “não convencional”.

A base do projeto da companhia é que o crescente número de drones com usos profissionais ou recreativos fará com que, a curto prazo, seja imprescindível contar com sistemas de controlo específicos para gerir o tráfego de drones, sistemas que, no setor, são conhecidos sob o nome de ‘Unmanned Traffic Management’ (UTM).

Em seguida à instalação desses sistemas, será necessário integrar os sistemas UTM com os atualmente empregados para a gestão do tráfego aéreo convencional (sistemas ATM ou ‘Air Traffic Management’).

Ainda que, numa primeira fase, ambos os sistemas se desenvolvam de forma independente, logo será necessário aumentar de forma gradual a troca de informação entre eles, até alcançar a integração completa. Conforme a visão proposta pela Indra, este será um processo dividido em quatro fases, que concluirá quando ambos os tipos de aeronaves operam sem restrições no mesmo espaço.

Aeroportos e cidades serão as zonas mais sensíveis para a convivência das aeronaves tripuladas e não tripuladas, dado o seu caráter crítico para a segurança. As zonas afetadas por catástrofes ou emergências exigirão especial atenção, já que, nela, irão operar de forma indistinta um grande número de drones e aeronaves convencionais, realizando tarefas perigosas, às vezes em condições de baixa visibilidade, assim como ocorre, no caso da extinção de grandes incêndios ou resgates no mar.

Para assegurar a proteção de infraestruturas críticas, edifícios oficiais ou instalações militares será necessário dispor de avançados sistemas antidrones, capazes de detectar a presença de UAVs em zonas de voo restrito e tomar as medidas necessárias para combatê-los.

Para a Indra, assegurar a segurança das operações aéreas com drones é fundamental para poder aproveitar todo o potencial económico e de criação de emprego que este setor desenvolverá.

A solução foi desenvolvida com base na experiência da Indra dentro do setor. A companhia é líder no desenvolvimento de sistemas de tráfego aéreo, tecnologia implantada em 160 países. Ao mesmo tempo, é uma empresa que está desenvolvendo uma família própria de drones de diferentes tipos. Trabalha, além disso, num dos projetos mais ambiciosos realizados na Europa para promover o desenvolvimento de drones civis que melhorem os serviços que as administrações prestam ao cidadão.

 

  • Foto © FAA – Federal Aviation Authority/EUA

 

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