A Iran Aseman Airlines assinou no sábado, dia 10 de junho, um contrato com a construtora norte-americana Boeing para fornecimento de 30 aviões B737 MAX, um negócio que pode chegar aos três mil milhões de dólares norte-americanos, confirmaram fontes da companhia aérea em Teerão, capital do Irão, onde foi contratualizada a encomenda.
O negócio já tinha sido anunciado em abril passado e estava apenas sujeito às necessárias autorizações por parte das entidades dos EUA, não obstante terem sido desbloqueados os impedimentos que ainda não permitiam negócios com a República Islâmica do Irão, depois do levantamento das sanções económicas contra este país, em 2015.
Quando tomou posse como presidente dos EUA, Donald Trump suspendeu por 90 dias o acordo que a Administração de Barack Obama e alguns governos de países ocidentais, sob a égide das Nações Unidas, fizeram com o regime de Teerão, que se comprometeu a garantir o caráter pacífico do seu programa nuclear.
Além da empresa privada Iran Aseman Airlines, a Iran Air, companhia de bandeira do Irão e propriedade do governo, tem negociado um acordo de princípio com a Boeing para fornecimento de 80 aviões. Falta ainda ultrapassar alguns problemas até que o contrato seja assinado, referem observadores políticos em Washington, que citam alguma morosidade suscitada pela desconfiança de vários senadores republicanos que, asseguram, que os aviões do Irão transportam armas e tropas para a Síria e outras zonas de conflito no Médio Oriente, onde estão em causa os interesses dos EUA e dos seus aliados.
Em qualquer dos casos há ainda uma palavra final a ser dada pela OFAC, um departamento governamental da Administração dos Estados Undios que controla os ativos estrangeiros.
A República Islâmica do Irão está a renovar a sua frota comercial bastante envelhecida. Com já tem sido anunciado publicamente as companhias nacionais deverão adquirir nos próximos dez anos cerca de 500 aviões de passageiros.