A ligação aérea pela STP Airways entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, interrompida há quase um mês, devido à manutenção do avião da Sevenair que teve de deslocar-se a Portugal, foi retomada na quinta-feira, dia 1 de dezembro.
A aeronave BAe Jetstream 32, bimotor turboélice, com registo CS-DVQ e capacidade para transportar 19 passageiros, “encontra-se a voar novamente no arquipélago desde o dia 1 de dezembro, num novo contrato por mais seis meses, renovável”, confirmou ao ‘Newsavia’, o diretor comercial da empresa portuguesa ‘Sevenair’, Alexandre Alves.
“Fizemos voos para a STP Airways em regime de ACMI, entre os meses de maio e de setembro, na ligação entre as duas ilhas do arquipélago de São Tomé e Príncipe, mas depois a aeronave teve de regressar a Portugal para efetuar uma manutenção prolongada”, explica Alexandre Alves.
“Felizmente a opinião sobre a nossa operação foi favorável tanto da parte da STP Airways como dos passageiros e sempre admitimos e acreditámos na possibilidade de fazer um novo contrato que agora assinámos”, adianta o responsável pela ‘Sevenair’.
Na República de São Tomé e Príncipe estão presentemente dois pilotos e um técnico de manutenção da companhia aérea portuguesa, indispensáveis para a realização da operação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe. Mudam a cada 20 dias de permanência. O pessoal vai de Lisboa.
Alexandre Alves admite que a parceria entre a sua empresa e a companhia aérea nacional poderá aumentar em breve:
“A relação entre a Sevenair e a STP Airways e o seu acionista de referência, a Euro Atlantic Airways, tem-se pautado pela excelência e acreditamos que a parceria pode ser prolongada e até aumentada. Existe vontade da STP Airways em utilizar uma aeronave com maior capacidade, que pode ser um ATR ou similar e a Sevenair tem dialogado no sentido de oferecer essa possibilidade. O intuito é poder fazer voos para países na região e aumentar a conectividade de e para o arquipélago de São Tomé e Príncipe.”
A retoma dos voos entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe foi anunciada oficialmente pelo presidente do Governo Regional do Príncipe, na semana passada pelo presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, em declarações à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’.
A companhia voltou, assim, ao seu normal funcionamento, que prevê cerca de dois a três voos por semana, “consoante o fluxo e a procura”.
A interrupção desta ligação é especialmente sentida em Príncipe, cuja atividade económica subsiste, essencialmente, do turismo, refere o correspondente da ‘Lusa’.
“A região autónoma de Príncipe, enquanto uma ilha duplamente insular, porque não está ligada nem ao continente, nem à capital, vive essencialmente das ligações, sejam aéreas, sejam marítimas. E tratando-se de uma ilha turística, temos no turismo a principal atividade económica que move outros setores”, reiterou Nascimento.
Este não foi, contudo, o único setor que esta paralisação afetou: “Houve um impacto negativo, tanto para a população, como para a saúde, no que toca às evacuações médicas, e também para a economia regional, com ênfase, naturalmente, para a mobilidade dos turistas”, adiantou o presidente do Governo Regional do Príncipe.
Além de o transporte dos turistas ser feito, sobretudo, a partir da via aérea, segundo Nascimento, também “a classe empresarial precisa dessa mobilidade para a capital do país, bem como para o exterior do país”.