A Kenya Airways está a reestruturar as suas operações financeiras, nomeadamente diversos empréstimos bancários, de forma a atenuar as suas responsabilidades imediatas.
Mbuvi Ngunze, administrador executivo da companhia, disse em Nairobi, na semana passada, que a nova estratégia corporativa foi apoiada por seus dois acionistas principais, a Royal Dutch Airlines (KLM) e o governo queniano.
O desempenho da companhia deteriorou-se nos últimos tempos, face à necessidade de cumprir o pagamento de um empréstimo de 200 milhões de dólares norte-americanos. As vendas de lugares nos voos da Kenya Airways subiram, mas as receitas são seguiram no mesmo sentido, verificando-se até uma baixa.
Face a este cenário e perante os resultados do terceiro trimestre de atividades da companhia neste ano, com avultados prejuízos, a companhia decidiu reduzir custos, anunciou Mbuvi Ngunze. Essa redução é já visível nos custos das operações, com a renegociação dos contratos de combustível.
A nova estratégia da companhia de bandeira do Quénia passa por uma revisão dos preços dos bilhetes, colocando-os de acordo com a concorrência existente entre outros operadores aéreos que trabalham para aquela área do continente africano.
A Kenya Airways informou que será constituída uma nova empresa subsidiária, de carácter financeiro, que se dedicará aos ativos da companhia e ao financiamento da aquisição de aeronaves, o que ajudará a companhia a cumprir as suas necessidades de financiamento sem correr maiores riscos financeiros no futuro.
“Temos um plano aprovado pelo conselho para fechar a lacuna financeira. A nossa atividade de re-financiamento também irá nos ajudar a gerir as nossas necessidades de financiamento futuras “, disse Mbuvi Ngunze.
Os responsáveis pela companhia aérea, que tem vindo a registar lucros reduzidos e altos custos das operações nos últimos quatro anos, estão otimistas quanto a uma recuperação rápida.