Kenya Airways suspende voos regulares para Luanda e Maputo

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A Kenya Airways anunciou na semana passada a suspensão dos voos regulares para sete cidades africanas entre as quais Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique). As restantes cinco são: Bamaco (Mali), Blantyre (Malawi), Brazzaville (República do Congo), Cartum (Sudão) e Mogadíscio (Somália).

Entretanto, a companhia retomou a rota Nairobi-Guangzhou (China) com um voo semanal em Boeing 787-8 Dreamliner, desde a passada sexta-feira, dia 14 de agosto (foto acima).

 

A companhia de bandeira do Quénia, que tem capitais estatais, e que hoje é uma das mais importantes e modernas do continente africano, está a passar por uma fase de reestruturação, após o período mais difícil da pandemia de covid-19. A Kenya Airways está em processo de nacionalização e planeia demitir 40 por cento dos seus funcionários, o que poderá conduzir ao despedimento de cerca de 1.500 funcionários.

O plano de demissões, previsto para estar concluído até 30 de setembro, vai economizar para a transportadora aérea queniana cerca de 600 milhões de xelins por mês (5,5 milhões de dólares norte-americanos), o equivalente a metade da massa salarial da empresa nos dias de hoje.

A associação nigeriana de pilotos (Kalpa) já constestou a decisão dos gestores em exercício na companhia e enviou uma carta ao Presidente da República, em que contesta a decisão da companhia e lamenta que esta não tenha aproveitado o mercado deixado vazio pela suspensão dos voos das companhias africanas Air Maurtius e South African Airways.

A Kenya Airways apresenta desde há oito anos consecutivos perdas financeiras. Devido à pandemia, espera-se um prejuízo anual de até 500 milhões de dólares norte-americanos para o ano corrente. Após o relançamento dos voos domésticos, a empresa acaba de retomar alguns voos da sua rede internacional, mas desta vez cortou sete rotas africanas. De acordo com os seus gestores, a companhia continuará “a operar uma rede reduzida, pois levará algum tempo até que a indústria da aviação comercial recupere”.

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