A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique e o grupo Air France/KLM vão passar a partilhar bilhetes, anunciou nesta quarta-feira, dia 1 de julho, a companhia aérea de bandeira da República de Moçambique, numa altura em que empresas francesas reforçam o investimento no país lusófono.
As duas companhias têm como destinos comuns as cidades de Joanesburgo (África do Sul), Dar-Es-Salaam (Tanzânia) e Nairobi (Quénia), onde serão feitas as ligações entre voos, sem ser necessário trocar de bilhete.
Assim, um bilhete do grupo Air France/KLM poderá ter como destino qualquer um dos destinos domésticos da LAM e vice-versa. É o chamado bilhete corrido, que permite que o passageiro despache a sua bagagem até ao destino final, por exemplo.
“Esta parceria com a Air France/KLM irá ampliar a nossa rede de ligações para fora de África”, referiu o diretor-geral da LAM, João Carlos Pó Jorge num comunicado em que é anunciado o acordo comercial (designado como ‘interline e SPA: Special Prorate Agreement’).
O reforço do investimento francês em Moçambique é liderado pela petrolífera Total que, em setembro de 2019, passou a liderar o projeto de exploração de gás natural da Área 1, ao largo de Cabo Delgado, o maior investimento privado em África, a rondar os 20 mil milhões de dólares (17,7 milhões de euros).
Outras empresas francesas estão presentes nos setores de bebidas, logística, energia e, desde este ano, na cabotagem marítima.
Moçambique suspendeu os voos com o estrangeiro desde meados de maio como medida de prevenção face à pandemia da covid-19, mas o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou no domingo passado que as ligações aéreas serão retomadas com alguns países, sem especificar quais ou em que datas.
Moçambique regista um total de 903 casos de infeção pelo novo coronavírus, seis óbitos e 248 pessoas recuperadas, segundo as últimas atualizações do Ministério da Saúde.