João Carlos Pó Jorge, diretor-geral da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, promete dar robustez à empresa para enfrentar um novo concorrente interno, ao qual garante cooperação, noticia a agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’ em despacho de Maputo.
“Imagino que haja alguma preocupação, mas estamos aqui para dar robustez à empresa”, referiu nesta sexta-feira, dia 23 de novembro, João Carlos Pó Jorge, em conferência de imprensa, depois de questionado sobre as expectativas face à eminente entrada da Ethiopian Airlines no mercado doméstico moçambicano.
“Estamos a fazer tudo para manter a nossa produção” e a “fatia” de clientes que a LAM tem, numa altura em que o mercado doméstico moçambicano “está em franco crescimento”, referiu o responsável pela gestão da companhia aérea de bandeira de Moçambique que, disse esperar que a competidora “faça horários que estimulem o tráfego”.
João Carlos Pó Jorge espera que haja “cooperação”, para a qual já manifestou total disponibilidade por parte da LAM: “Daremos apoio de manutenção e no que pudermos, com base em num contrato entre as partes”.
O comité sindical da LAM publicou nesta sexta-feira, dia 23 de novembro um anúncio na imprensa em que pede às autoridades moçambicanas para impedirem que a Ethiopian Airlines passe a ter uma subsidiária a fazer voos domésticos no país lusófono, como irá acontecer em breve (LINK notícia relacionada).
Até 2017, só a LAM podia fazer voos domésticos, mas uma alteração à lei passou a permitir a entrada de outros operadores, o primeiro dos quais foi a Fastjet, que desde há um ano faz voos entre Maputo e algumas capitais provinciais.
João Carlos Pó Jorge disse ainda aos jornalistas que em breve os responsáveis pelas duas companhias aéreas – LAM e Ethiopian – irão encontrar-se em breve.