A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique que tem uma frota constituída por 12 aeronaves, parte operadas pela própria companhia e outra pela MEX, sua subisiária para os voos destinados a aeroportos mais pequenos e de menor tráfego, está desde Novembro último a operar com um número reduzido de aviões, situação que está a dificultar as operações da companhia.
O Conselho de Administração da empresa explicou ontem, em Maputo, durante uma conferência de imprensa, as razões que contribuem para tais constrangimentos, assim como procurou explicar o que terá ocorrido durante um voo em que foi reportada uma avaria no sistema de ventilação do ar a bordo de um dos seus aviões.
Dos 12 aviões que estão na sua frota, dois – um Embraer 190 e um Bombardier Q-400 – encontram-se no Brasil e na Etiópia, respectivamente, nas revisões técnicas obrigatórias, o que reduziu a capacidade de operação da companhia em cerca de 20 por cento.
“As duas aeronaves estão neste momento fora de operação porque atingiram o número de ciclos necessários para fazerem a grande revisão que é feita em média ao fim de dois anos de operação”, disse a administradora-delegada da LAM, Marlene Manave, que explicou a verdadeira razão que determina os atrasos, resultante das revisões dos equipamentos: “A LAM não tem aeronaves de ‘backup’ e ao se ver privada de duas aeronaves, num mercado cujo crescimento é enorme, principalmente nesta altura, a empresa fica limitada e é natural que ocorram problemas de atraso, ou até mesmo de cancelamento de voos sempre que se detectem irregularidades numa aeronave”, observou.
O ‘Notíicas de Maputo’ refere a este propósito na sua edição de hoje, sexta-feira, dia 27 de Junho, que “embora esteja previsto para breve o regresso dos dois aviões actualmente fora de operação, a situação deverá prevalecer até ao próximo mês de Setembro, dado que mais duas aeronaves deverão seguir para a grande revisão brevemente”.
Versão de incidente segundo a LAM
Na conferência de imprensa de ontem na capital moçambicana, os conselhos de Administração da LAM e da MEX fizeram igualmente referência ao incidente ocorrido na passada terça-feira com uma aeronave Embraer-120 que fazia o voo Vilankulo-Maputo.
O presidente do Conselho de Administração da Mex, António Neves, disse que o aparecimento de fumo na cabina provocado pela avaria do sistema de evacuação rápida do ar condicionado, ainda na rolagem do avião na pista para descolar, lançou o alerta, tendo a tripulação agido de acordo com o treino recebido. Os passageiros foram desembarcados.
“Passada cerca de uma hora o avião voltou a descolar com destino a Maputo. Todos os passageiros embarcaram e o avião voou normalmente entre Vilankulo e Maputo”, concluiu António Neves.
- Matéria escrita com base em recortes da imprensa de Maputo, desta manhã, dia 27 de Junho de 2014
- Foto: ‘Notícias de Maputo’