LATAM Brasil manda A319 com 17 anos para o ‘cemitério’

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Os aviões também chegam ao fim de vida. A maioria das vezes porque já não conseguem interessar os responsáveis pelas companhias na sua aquisição, pois à medida que a idade avança torna-se mais cara a sua manutenção e a sustentabilidade do negocio é afetada. Por isso, verifica-se uma maior propensão para as frotas de aviões modernos e tecnologicamente avançados que permitem uma operacionalidade sem problemas de maior.

Contudo, é sempre com alguma tristeza que vemos partir um avião para ser desmanchado, sobretudo se ele ainda não tiver atingido aquela idade que em certos sectores da aviação comercial se tem convencionada como a ideal para a retirada e que, na maior parte das opiniões, aponta para entre os 20 e os 25 anos de trabalho.

É o caso de um Airbus A319 da LATAM Airlines Brasil que chegou esta semana a Inglaterra, ao conhecido ‘cemitério’ de aviões do Aeroporto de Cotsworld, em Gloucertershire. Entrou na frota da antiga TAM Linhas Aéreas em 17 de novembro de 1999 e foi aposentado menos de 17 anos depois. Com o número de série de fábrica (MSN) 1092 fez o seu primeiro voo em 15 de setembro de 1999 e voou milhões de milhas nos céus do Brasil ligando cidades do País e transportou alguns milhões de passageiros ao serviço da companhia brasileira que em maio passado passou a chamar-se LATAM Brasil por integração no grupo latino-americano do mesmo nome.

O antigo A319 PT-MZC está agora entregue à Air Salvage International (ASI), a maior estrutura industrial europeia de desmontagem de aviões. Seguirá o caminho de milhares de outros aviões – e são cada vez mais – que chegaram ao fim de vida. Os seus materiais serão reciclados e as peças que estiverem ainda dentro de prazo aproveitadas para serem vendidas, nomeadamente nos continentes africano e asiático, onde existe um comércio interessante de peças de avião em segunda mão. A ASI é especialista neste mercado e muito solicitada pelas companhias aéreas com aviões mais antigos ao serviço.

Claro que nisto de aposentadorias com idades baixas, nas pessoas e nos aviões, o ambiente económico-financeiro que se vive em cada País é também um fator decisivo que apressa as saídas… E, além do mais, há excesso de aviões nas companhias brasileiras e muitas encomendas para receber. O passageiro fica a ganhar, visto na perspectiva de mercado e do cliente.

 

 

  • A imagem que ilustra esta notícia é da autoria do spotter brasileiro Renato Serra Fonseca (planespotters.net). Trata-se de uma das mais bonitas e bem conseguidas do ‘velhinho’ que agora se aposenta e foi obtida no passado dia 12 de fevereiro de 2013 na abordagem à pista 02R do Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro.

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