Lauda recupera a Niki – IAG perde negócio em que investiria 36,5 milhões de euros

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Absant Training - Junta-te a Nós, Inscrições AbertasO empresário austríaco e ex-campeão da Fórmula 1, Niki Lauda, ​​concordou em comprar a companhia aérea Niki que ele próprio fundou, e que caíra num processo de falência, em dezembro passado, arrastada pela bancarrota da Air Berlin.

O processo de liquidação da Niki, companhia austríaca subsidiária da alemã Air Berlin, que faliu no Verão de 2017, tomou um novo rumo, depois de estar praticamente assente que seria comprada pelo Grupo IAG, aglomerado de companhias de aviação comercial, dono da British Airways, da Iberia e da Vueling, entre outras.

A agência noticiosa ‘Reuters’ anunciou na manhã desta terça-feira, dia 23 de janeiro, que o sucesso da proposta de Niki Lauda para reaver a sua companhia, acontece porque a justiça europeia decidiu que o processo de falência da Niki fosse transferido da Alemanha para a Áustria.

Os administradores da falência da Niki receberam novas propostas para a compra do que restava da companhia por parte da Ryanair e da Laudamotion GmbH, uma empresa do empresário Niki Lauda. Os credores da Niki reuniram-se na segunda-feira para escolher o melhor lance, o que só foi decidido na madrugada desta terça-feira.

“Nas primeiras horas desta manhã, a Laudamotion GmbH emergiu de um processo de licitação transparente como o melhor proponente”, disseram os administradores austríacos e alemães da Niki, Ulla Reisch e Lucas Floether, em uma breve declaração conjunta, referente a uma empresa controlada por Lauda, escreve a ‘Reuters’ em despacho de Viena de Áustria, em que adianta que todos esperam que o negócio seja aprovado rapidamente pelas autoridades competentes.

Niki Lauda, ​​que fundou a companhia aérea em 2003 e vendeu para a Air Berlin em 2011, disse que as partes envolvidas concordaram em não divulgar o preço de compra.

“Claro, que estou encantado”, disse Lauda em entrevista à estação de rádio austríaca ‘Oe24’. “Não há dúvida de que sempre coloquei o meu coração e a minha alma na Niki”.

A companhia austríaca deverá voltar a operar no final de março. O antigo campeão de Fórmula 1 disse que já assegurou uma frota de 15 aviões. Deu a entender que os cerca de 1.000 empregados que ficaram parados quando a companhia faliu, também podem ter esperanças em recuperar os seus postos de trabalho e assegurou que está a negociar com um grande operador turístico europeu que irá garantir o planeamento e operação dos aviões da renovada Niki.

A Niki pediu insolvência num tribunal de Berlim, na Alemanha, no mês passado, depois que a Lufthansa abandonou o projeto de aquisição do braço austríaco da insolvente Air Berlin.

Depois de conversas apressadas para garantir que a Niki retivesse inúmeros slots nos aeroportos alemães e austríacos que utilizava, a IAG concordou, com o administrador alemão da falência, que compraria o negócio por 20 milhões de euros e que investiria 16,5 milhões de euros em dinheiro fresco para integrar a Niki na sua empresa de voos baixo custo Vueling.

“A IAG está desapontada com o fato de a Niki não poder se desenvolver e se fortalecer como parte do grupo”, afirmou o grupo em comunicado distribuído nesta terça-feira, dia 23 de janeiro, em que mostra o seu desapontamento por ter perdido o negócio.

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