A companhia aérea austríaca Laudamotion, fundada pelo conhecido campeão mundial de Fórmula 1 Niki Lauda, também ele empresário de destaque no mundo da aviação comercial, anunciou nesta quarta-feira, dia 28 de agosto, que vai duplicar a sua frota de nove para 18 aviões no Verão de 2019.
O anúncio foi feito em Viena, na Áustria, onde a companhia tem sede, na presença de Michael O’Leary, o polémico presidente executivo da Ryanair, companhia irlandesa de baixo custo, que acaba de adquirir a Niki Lauda uma parcela maioritária (75%) do capital da Laudamotion GmbH. Foi também apresentada a nova imagem da empresa aérea.
Na mesma conferência de imprensa foi anunciada uma série de iniciativas que têm em vista o crescimento e implantação da nova companhia aérea, que ficou com alguns ativos da extinta flyNiki, na sequência da falência da companhia alemã Air Berlin, no Verão do ano passado.
Além da chegada de mais aviões Airbus A320, os administradores da Laudamotion anunciaram que os novos tripulantes da companhia, nomeadamente os pilotos, ganharão mais que os seus colegas que trabalham noutras companhias do mesmo segmento de atividade.
Assim, e nomeadamente para um comandante, a Laudamotion garante um rendimento anual de 90.000 euros, o que é mais do que paga a concorrência, segundo afirma a companhia em comunicado distribuído na manhã desta quarta-feira. A Laudamotion diz que a Wizz paga 56 mil euros, a Level 72 mil e a Eurowings 78 mil euros.
Para um primeiro oficial piloto a companhia austríaca garante um salário anual de 46.000 euros, o que diz ser também superior ao que é pago na Wizz (26 mil), na Level (38 mil) e na Eurowings (44 mil).
Quer para os comandantes, quer para os primeiros oficiais, a Laudamotion diz no comunicado que as despesas da companhia, por cada tripulante praticamente duplicam, tendo em conta o seu salário líquido, com o pagamento de impostos, transportes e outras regalias que são inerentes aos respetivos contratos.
Andreas Gruber, presidente executivo da Laudamotion, afirmou que a companhia espera crescer em termos de pessoal mais cerca de 20% no próximo ano, o que significa a garantia de 600 postos de trabalho, na Áustria e na Alemanha, países que irão gerar os seus clientes, esperando atingir em 2019 os cinco milhões de passageiros.