A Lufthansa concluiu a negociação de um acordo com o sindicato alemão ‘Vereinigung Cockpit’ sobre uma série de cortes provisórios, na massa salarial dos seus pilotos, para evitar despedimentos imediatos como resultado da situação que presentemente se vive no transporte aéreo devido à pandemia de covid-19.
Neste acordo, anunciado nesta quarta-feira, dia 19 de agosto, pela companhia aérea alemã, esta compromete-se a não fazer cortes no pessoal antes do segundo trimestre do próximo ano.
Por sua parte, o sindicato aceitou uma redução nas contribuições adicionais da empresa para os salários subsidiados por redução de horas e nas contribuições para o fundo de reforma. Foi também acertado um adiamento do aumento salarial previsto para o próximo ano.
O acordo dá às duas partes margem para continuarem a negociar medidas de longo prazo para contrariar a crise causada pela pandemia de covid-19.
Entre as medidas que se contemplam está uma redução salarial durante a crise para compensar o excesso de pessoal. Este acordo é válido também para a base alemã da companhia belga Brussels Airlines.
A Lufthansa tem em todo o mundo cerca de 138.000 empregados e considera que a crise levou a um excesso de pessoal de 22.000 trabalhadores.
A médio prazo está a ser ponderada uma redução na frota de aviões.
Para o pessoal de cabina, foram acertadas com o sindicato ‘UFO’ medidas de poupança que equivalem a 2.600 postos de trabalho e as negociações com o sindicato do pessoal de terra estão interrompidas.