A companhia aérea alemã Lufthansa confirmou o cancelamento de 1.300 voos nos próximos dois dias, depois de não ter conseguido que a justiça travasse uma greve convocada pelo sindicato do pessoal de cabina UFO. Um tribunal de Bona deu razão aos sindicalistas e recusou a providência cautelar apresentada pela companhia aérea.
Cerca de 2.300 dos 3.000 voos previstos para esta quinta-feira, dia 7 de novembro, serão efetuados e 2.400 dos 3.000 programados para sexta-feira, o que vai afetar no total 180.000 passageiros, precisou a companhia em comunicado.
A greve deve começar ao primeiro minuto de quinta-feira (mesma hora UTC) e vai durar até às 24h00 de sexta-feira, abrangendo “todos os voos” com partida de aeroportos alemães, sejam domésticos ou internacionais, segundo o sindicato UFO.
Em comunicado, o sindicato referiu que decidiu recorrer à greve devido “à recusa persistente da Lufthansa em negociar” as suas reivindicações, incluindo um aumento das remunerações.
A Lufthansa tem contestado a legitimidade deste sindicato para representar os trabalhadores, mas a sua tentativa de impedir a greve foi rejeitada pelo tribunal de trabalho de Frankfurt, tendo a companhia recorrido da decisão. Até ao fim da tarde não existe qualquer decisão que mudasse a perspectiva da greve.
A companhia afirmou que outras companhias do grupo (Eurowings, Germanwings, Sunexpress, Lufthansa Cityline, SWISS, Edelweiss, Austrian Airlines, Air Dolomiti e Brussels Airlines) não serão afetadas pela greve, embora no seu conjunto possam ser envolvidas devido aos fluxos de passageiros com voos de ligação.
Está a ser analisada a possibilidade de estas companhias poderem utilizar aparelhos maiores para serem oferecidas outras opções aos passageiros afetados pela greve.