Lufthansa processa sindicato dos seus pilotos

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Em resposta à mais recente greve dos seus pilotos, a companhia aérea alemã Lufthansa avançou com um processo em tribunal contra a comissão de trabalhadores do sindicato de pilotos Vereinigung Cockpit e com um pedido para não contratar novos pilotos nos termos do actual acordo colectivo de trabalho em vigor na Lufthansa German Airlines, Lufthansa Cargo e Germanwings. Em resultado, disse a companhia, o atrito natural dentro da companhia levará a uma redução destas divisões entre as frotas do grupo. O processo em tribunal reclama o pagamento de indemnizações relativas à greve de pilotos realizada em Abril de 2014, quando o sindicato convocou uma greve na Lufthansa Cargo embora o seu acordo colectivo de trabalho estivesse em vigor. O Grupo Lufthansa estima que os prejuízos decorrentes desta greve totalizem 60 milhões de euros.

Na sequência do cancelamento de 84 dos seus 170 voos de longo curso na passada terça-feira, a Lufthansa anunciou que tinha cancelado 1000 voos de curto e médio curso programados para quarta-feira, uma alteração que afectou 140 mil passageiros. “Nos últimos dois anos, até ontem, a Lufthansa tem abordado o grupo de trabalho para um acordo colectivo do Vereinigung Cockpit com propostas construtivas, ofertas e concessões, para assegurar a viabilidade futura e competitividade da companhia como um todo e da Lufthansa German Airlines em particular”, disse a Lufthansa num comunicado. Por sua vez, os pilotos da Lufthansa levaram a cabo diversas greves de curta duração no último ano em protesto contra os planos da companhia aérea de cortar os benefícios de reforma antecipada. Os pilotos da transportadora alemã podem agora reformar-se aos 55 anos e receber 60% do seu ordenado até aos 63 anos, idade a partir da qual se tornam elegíveis para os benefícios de reforma concedidos pelo Estado e pela empresa.

Sob a pressão competitiva das companhias low cost e das grandes companhias aéreas baseadas no Golfo, a Lufthansa propôs que a idade de reforma antecipada para os novos pilotos contratados passasse dos 55 para os 60 anos. Os dois lados mantêm-se sob arbitragem relativamente a este assunto mas as conversações chegaram a um total impasse na semana passada. “Gostaríamos de ter concluído as negociações do acordo colectivo de trabalho com o Vereinigung Cockpit em vez de ter de responder a mais uma escalada”, disse Bettina Volkens, executiva responsável pelos recursos humanos e assuntos legais da Lufthansa. “Também apelo aos pilotos para assumirem as suas responsabilidades. Com os planos de greves traçados pelo sindicato até ao final do ano, os prejuízos para a companhia vão exceder os 100 mil euros por piloto. Está na altura de nos sentarmos e de encontrar uma solução”, acrescentou.

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