A construtora aeronáutica brasileira Embraer publicou um comunicado que recebeu da gestora de ativos ‘Brandes Investment Partners’, que é o maior acionista individual da empresa, informando que a participação dos clientes da gestora na empresa foi reduzida para 14,4039% (106.656.095 ações ordinárias).
A fatia dos clientes da Brandes na empresa era de 15%. Depois dela, aparecem a Mondrian, com 10,1%; o BNDESPar, com 5,4%, e a Blackrock, com 5%.
Na semana passada, as ações da Embraer chegaram a ter alta de mais de 30% com o rumor de que a empresa seria comprada pela fabricante norte-americana de aviões Boeing – o negócio seria parte da estratégia da empresa dos EUA para se contrapor à parceria entre a Airbus e a canadense Bombardier, lembra nesta quarta-feira, a agência Estado, em despacho de São Paulo.
Apesar do entusiasmo do mercado, o rumor gerou controvérsia: presentemente, o governo brasileiro detém 35% das ações da Embraer, em formato de ‘golden share’, o que lhe permite, sempre, o direito a veto, quando estiver sobre a mesa a alienação do controlo da fábrica brasileira. Isso mesmo recordou o Presidente Michel Temer no passado dia 22 de dezembro, num encontro com jornalistas em Brasília:
“A participação estrangeira na Embraer é muito intensa, se nesta altura ampliasse a participação estrangeira, tanto melhor. Mas não há a menor cogitação de vendermos o controlo para outra empresa”, afirmou Temer.