A companhia aérea angolana TAAG – Linhas Aéreas de Angola/Angola Airlines está certificada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) e “cumpre todos os requisitos para voar em qualquer parte do mundo”, afirma em entrevista ao “Jornal de Angola” o director adjunto da companhia, Rui Carreira.
Nessa entrevista publicada no fim-de-semana passado no mais importante jornal diário de Luanda, aquele quadro da TAAG aborda o processo de indemnizações aquando da ocorrência de acidentes aéreos (talvez uma questão relacionada com o recente desastre da LAM, no qual morreram alguns passageiros de nacionalidade angolana) e fala sobre segurança nas companhias aéreas africanas. Interrogado acerca da actual situação dos aviões da TAAG, cuja proibição de voar na Europa foi retirada para os equipamentos mais modernos, explica Rui Carreira:
“A TAAG está certificada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e cumpre todos os requisitos para voar em qualquer parte do mundo. A sua inclusão na lista negra da União Europeia foi uma questão pontual, que já foi resolvida. O que chamam de restrição é apenas a interdição de voar para a Europa com os chamados aviões clássicos, dos quais, numa frota de 13 aparelhos, a companhia só tem dois, que são do tipo Boeing 737-200, que fazem rotas domésticas. Convém lembrar que a nossa companhia aérea é a única em África que conseguiu sair da lista negra da União Europeia. Aliás, no mundo, essa proeza só foi conseguida por três países: Indonésia, Paquistão e Angola”.
A uma pergunta do jornalista André dos Anjos, sobre o que distingue as aeronaves clássicas das outras, o director-adjunto da TAAG respondeu:
“ É muito cinzenta a linha que separa uma das outras. São considerados clássicos os aviões com alguma idade avançada e com alguma tecnologia obsoleta, mas com todos os requisitos de navegabilidade. Os outros são os da nova geração, que constituem, maioritariamente, a frota da TAAG, alguns dos quais adquiridos em 2011. Neste particular a TAAG está muito bem servida”.
Os aviões Boeing 777 voam diariamente de Luanda para Lisboa e também para o Porto, e neste momento a TAAG está a considerar a abertura de novas rotas para a Europa, estando a ser encarados como destinos mais prováveis o Reino Unido e a França. Contudo a companhia não se tem manifestado sobre esta situação.
A TAAG opera actualmente com três aviões Boeing 777-200 ER, dois Boeing 777-300 ER (na foto) e quatro Boeing 737-800, todos recebidos novos da fábrica norte-americana, desde Novembro de 2006, data que marcou uma viragem histórica na companhia estatal angolana. Tem actualmente uma encomenda firme de mais três aparelhos B777-300 ER, com opção para outras três unidades do mesmo modelo. Este último contrato foi assinado com a Boeing em Abril de 2012, prevendo-se que os três aviões sejam entregues até 2018.