As buscas mais caras da história da aviação comercial deverão prosseguir no próximo mês de Julho, informaram ontem fontes governamentais na Malásia, com a adjudicação a uma empresa privada de novos trabalhos em novas áreas do Oceano Índico, que custarão cerca de 40 milhões de euros, custos que serão assumidos pela Malásia e pela Austrália em partes iguais.
O ministro da Defesa da Malásia anunciou que as buscas para encontrar o avião Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que realizava o voo MH370 e que desapareceu sem deixar rasto no dia 8 de Março passado entre Kuala Lumpur e Pequim, vão continuar. Neste momento estão a ser ponderadas as novas áreas que serão rastreadas, de acordo com informações disponibilizadas por empresas de radar e de satélites e de dois países que a Malásia considera fulcrais nesta parceria que são a China, para onde se dirigia o avião, e a Austrália. Neste momento uma delegação malaia está em Camberra em reuniões com entidades australianas, depois de iguais contactos em Pequim.
O Governo de Kuala Lumpur diz que não existe ainda uma área específica determinada para as próximas buscas, porque isso resultará das reuniões que estão agora em curso. Daqui por um semana haverá um projecto que será submetido a todas as partes, após o que seguirá a nova fase de buscas.
Neste momento os trabalhos estão parados. Contudo a China mantém na área que foi rastreada nos últimos meses uma embarcação especial da Marinha, equipada com sonares bastante potentes.
O governo malaio anunciou também que só na parte que se refere ao seu país o esforço financeiro nestas buscas já soma 6,3 milhões de euros, sem contar com as despesas de outros países que estiveram envolvidos nos trabalhos (cerca de 20 em toda a área asiática).
Estas são de longe as buscas mais caras de toda a história da aviação civil, sem contar com o novo investimento previsto de 40 milhões de euros. E com a agravante de, até agora, passados mais de três meses, não terem sido recolhidas quaisquer pistas.
- As autoridades australianas já decidiram continuar nas buscas. Criaram um orçamento próprio num fundo a dois anos, ligado ao Ministério da Defesa, que para já seguirá no estudo do fundo do mar junto com a China. Numa zona em que há profundidades de entre três mil a seis mil metros. Foto: ‘The Star’ de Kuala Limpur