Malaysia Airlines vai parar os A380

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Depois de um ano infeliz, a Malaysia Airlines encontra-se em reestruturação e colocou à venda ou em leasing todos os seus seis A380, dois Boeing 747-400F, quatro Airbus A330-200F e quatro Boeing 777-200ER.

A perda do voo MH370 que ainda não foi encontrado e o abate na Ucrânia do voo MH17 foram fatais para a companhia aérea. Na linha dos aviões de passageiros a transportadora tem na sua frota um total de seis A380, 15 A330-300, 57 Boeing 737-800 com 14 encomendados e dez opcionais e 13 B777-200ER. A lista está publicada na Wikipédia.

A partir de Junho os dois A380 que asseguravam linha Kuala Lumpur – Londres, vão parar. O destino dos Mega Jumbos ainda é incerto, depois de uma tentativa frustrada de os alugar à Turkish Airlines.

A colocação à venda dos seus A380 vai testar o mercado de usados para estas aeronaves e a estratégia do construtor de permitir que as operadoras “experimentem” o super jumbo sem terem de despender a quantia total necessária à sua aquisição. A teoria é que uma vez a voar as companhias aéreas percebam o quanto o A380 pode aumentar o número de passageiros.

Esta colocação inesperada dos A380 em mercado de usados não compromete a estratégia de vendas da Airbus em relação a este modelo.

De acordo como chefe administrador financeiro executivo da Airbus Harald Wilhelm, esta disponibilidade não afecta a campanha do A380.
“Esta opção é apenas uma decisão estratégica de optimização da frota da MAS, uma decisão de encurtar os voos de longo alcance e concentração mais regional, uma opção que nada tem a ver com o desempenho do A380”, avançou Wilhelm numa declaração à impressa na passada quinta-feira dia 30 de Março.

Apesar desta declaração trata-se de mais um rude golpe na delicada estratégia de vendas do gigante da Airbus, pois a Construtora Europeia não se esperaria que no momento em que investe em mais vendas do aparelho, apareçam no mercado seis unidades com poucas horas em segunda mão.

Assim que confirmado a retirada de frota, a MAS será a primeira companhia a retirar A380 operacionais. Outras vendas já foram perdidas no passado. Recordamos as desistências da Skymark, Hong Kong Airlines e Kingfisher.
A Lufthansa e a Airfrance já reduziram as encomenda previstas, a Airbus aposta tudo agora na Emirates (140 ordens firmes) , e nas restantes companhias emergentes do oriente.

Nenhum comprador foi encontrado nos Estados Unidos, na América do Sul ou na Índia.  A Airbus recebeu 318 pedidos e entregou 138 aviões para apenas 11 companhias, um resultado considerado desapontador para o investimento feito, cerca de 25 mil milhões de dólares norte-americanos para desenvolver a aeronave

O A380 e a operação nos aeroportos de língua oficial portuguesa

O Airbus A380 é capaz de transportar de 555 a 845 passageiros e, por enquanto, não utiliza nenhum dos aeroportos dos países de língua oficial portuguesa. No Brasil já foi hipótese. A Lufthansa e a Air France já tentaram integrá-lo na rota de São Paulo, mas as autoridades aeroportuárias brasileiras responderam que nenhum aeroporto da cidade tem condições para receber o avião, dada a sua envergadura de asas, além da operação estar condicionada por falta de estruturas suficientes, em terra, que permitam o desembarque e embarque dos passageiros com a necessária fluidez.

Em Lisboa não há condições, por enquanto, para haver uma operação regular com aviões Airbus A380. Em Angola, dizem as autoridades nacionais, o novo Aeroporto Internacional de Luanda, que deverá começar a funcionar em 2016, poderá estar preparado para acolher as operações do ‘Super Jumbo’ fabricado pela Airbus.

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