Menzies Aviation, novo acionista da Groundforce Portugal, só entrará em 2024

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O plano de recuperação da Groundforce Portugal foi aprovado no final de setembro deste ano e publicado em edital na semana passada, mas o processo de homologação ainda vai demorar. A entrada do novo acionista, a Menzies Aviation, só deverá acontecer nos primeiros meses de 2024, segundo indicou ao jornal digital ‘ECO’ Bruno da Costa Pereira, um dos administradores de insolvência.

A homologação do plano depende de várias autorizações prévias, que deverão ser cumpridas durante o mês de dezembro. Num comunicado divulgado esta segunda-feira, dia 13 de novembro, aos associados, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) aponta que essas condições são o acordo com as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores que subscreveram os Acordos de Empresa e o visto do Tribunal de Contas, no âmbito da fiscalização prévia dos contratos de prestação de serviços dehandlingpara os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira.

Só depois de sanados estes aspetos é que o tribunal se poderá debruçar sobre a homologação do plano e proferir a respetiva sentença. Esta terá depois de transitar em julgado, abrindo então caminho ao novo investidor, a britânica Menzies, detida pela Agility, do Koweit, explicou Bruno Costa Pereira. O que segundo o administrador de insolvência, atira a entrada do acionista para os primeiros meses de 2024.

O SITAVA afirma que o sindicato está “pronto há bastante tempo para concretizar a compatibilização do Memorando de Entendimento assinado com a Menzies a 12 de julho com o Acordo de Empresa”, esperando que ela “se possa concretizar em breve”, retirando este obstáculo do caminho.

O plano de insolvência da Groundforce, que visa a recuperação da empresa de assistência em escala, foi aprovado no final de setembro, com 98,17% dos votos a favor. O edital do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa foi publicado na passada semana. “Felizmente foi possível assegurar um largo consenso entre os credores em prol do plano”, congratula-se Bruno Costa Pereira.

A reestruturação da Groundforce prevê um aumento de capital de 4,98 milhões, dos quais 2,5 milhões serão subscritos pela Menzies, que fica com 51,1% do capital. Os restantes 2,48 milhões cabem à TAP, através da conversão de parte dos 15,5 milhões que a Groundforce lhe deve, ficando com uma participação de 49,9%. Só depois da sentença de homologação do plano é que a Menzies poderá entrar na administração da empresa.

O administrador de insolvência destaca “a entrada de um investidor de dimensão mundial no capital e com poderio financeiro capaz de assegurar o forte investimento que será necessário realizar para renovação do equipamento, que lhe permita garantir as melhores condições para concorrer às novas licenças, que aporte know-how assegure ganhos de escala capazes de tornar a operação mais eficiente e robusta, indispensável para competir num mercado cada vez mais exigente e global”. E que, “a par disso, garanta a melhoria progressiva das condições dos trabalhadores, enquanto elementos chave do sucesso do negócio”.

A Menzies compromete-se a colocar até 10 milhões de euros adicionais. Mas só o fará se também a TAP entrar, na respetiva proporção do capital (49,9%), com um limite de 9,96 milhões. No caso da companhia aérea, através da conversão de créditos em capital, dos quais já não será ressarcida.

  • Artigo da autoria do jornalista André Veríssimo, publicado pelo jornal digital português ‘ECO’ especializado em Economia.

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