O Aeroporto Internacional de Tripoli continua a ser alvo de violentos bombardeamentos por parte das milícias que pretendem tomar o controlo do mais importante aeroporto do país.
Hoje, quinta-feira, dia 17 de Julho, continuam a cair bombas de morteiro e esporádico fogo de metralhadoras pesadas sobre o edifício da terminal de passageiros e serviços do complexo aeroportuário, onde são visíveis diversos buracos e vários fogos activos.
Desde o fim-de-semana que o aeroporto está a ser destruído. Viajantes que chegam da Líbia, fugidos à violência dos combates que nesta semana afectam a zona do aeroporto da capital, dizem que o exército leal ao governo ainda não conseguiu desalojar as milícias das posições que tomaram ao redor do objectivo, nem tão pouco estas conseguiram avançar no terreno. O facto é que a destruição é maciça e implacável, sem haver sequer uma ideia dos danos, nomeadamente nos aparelhos que estavam parqueados nas pistas de estacionamento.
As últimas notícias apontam que cerca de 20 aparelhos de maior porte, entre aviões comerciais de passageiros e aparelhos de transporte executivo, foram destruídos ou sofreram prejuízos irrecuperáveis. O número de mortos nos tiroteios e atingidos pelas bombas também já deve ultrapassar as duas dezenas.
Falando ontem numa conferência de imprensa, na cidade de Tripoli, Abdulhakim Al-Fares, presidente da companhia líbia Afriqiyah Airlines, disse que os estragos nas aeronaves variam numa escala de danos superficiais a danos totais, mas nada consegue adiantar sem ter acesso ao aeroporto, até porque os combates continuam e a destruição pode também prosseguir.
Ontem, após mais uma reunião de emergência do Conselho de Ministros, o governo da Líbia admitiu recorrer a ajuda internacional para suster os ataques das milícias que desde a queda do regime de Muammar Gaddafi, assassinado por opositores em Outubro de 2011, se batem pelo controlo dos aeroportos líbios.
- Nossa notícia anterior: ‘Aeroporto e aviões destruídos em Tripoli – Há 15 mortos e as notícias são pouco claras’
