Parecem imagens de um filme de Hollywood, mas aqui as personagens são militares verdadeiros, as armas não são de brincar, a aeronave é a sério e o cenário…bem o cenário é português.
A troca de tiros bem como a agitação fazem crer que estamos num cenário de guerra real, mas a verdade é que se trata de um exercício bilateral entre os fuzileiros portugueses e os exercício bilateral dos EUA, que decorreu de 7 a 10 de Abril no distrito de Lisboa, cidade capital de Portugal.
O exercício é complexo e para o tornar o mais real possível é preciso uma contextualização.
Nesse sentido foi necessário criar um cenário fictício, num país também ele fictício envolto numa guerra civil há mais de dois anos. Após um mandado das Nações Unidas é criada e enviada para o local em conflito uma força internacional com o objectivo de estabilizar e repor a paz no território.
Depois do reconhecimento do território é determinado o alvo de ataque por part dos “bons”, que neste caso é uma área controlada por forças terroristas, ou seja, um campo de treino terrorista, onde planeavam as suas actividades de destabilização do território.
A missão da força internacional, constituída por fuzileiros portugueses e marines, teve início durante noite, em que parte do pelotão foi inserido por um helicóptero a 10 milhas do alvo, fazendo depois uma inserção táctica até chegarem à zona de aterragem de um Bell-Boeing MV‐22B Osprey, dos marines norte-americanos, que inseriu os restantes elementos que faziam a descida por um cabo (fastrope).
Assim que a força foi reunida deu‐se o ataque ao complexo e o inimigo foi eliminado
A Força de Intervenção Especial de Fuzileiros Aeroterrestres (SPMAGTF) está preparada para o reforço da segurança das embaixadas norte-‐americanas no norte de África, desde a Primavera Árabe.
Quanto à companhia de fuzileiros que participou neste exercício integra a Força de Reacção Imediata Nacional, cujas missões passam pela evacuação de cidadãos não combatentes, ajuda humanitária e apoio em situações de catástrofe.
O exercício, que envolveu 65 marines e 115 fuzileiros portugueses, contou com a presença do Embaixador dos EUA em
Lisboa, Robert Sherman, que agradeceu o contributo e elogiou o profissionalismo dos militares lusos, abrindo uma janela à concretização de mais iniciativas deste género.
Texto : Rute Lacerda
Fotos : André Garcez – NewsAvia