Ministra da Defesa alemã criticada por compra de helicópteros NH-90

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Na sua primeira compra de armamento, desde que tomou posse, em Dezembro de 2013, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, está sob fogo cerrado das críticas que a acusam de pagar por este contrato, muito mais do que o habitual. Em causa, está a aquisição de 168 helicópteros de transporte e de combate NH-90 para as Forças Armadas, agora estimada em 8,7 mil milhões de euros, mais 430 milhões do que fora orçamentado pelo seu antecessor, Thomas de Maizière. A principal razão para esta disparidade, deve-se à falha da ministra em calcular o custo dos sobresselentes e da manutenção dos helicópteros navais Sea Lion.

Em vez dos aguardados 202 helicópteros Tiger, Sea Lion e NH-90 – todos construídos por empresas do Grupo Airbus – a nova ordem tem menos 34 aparelhos. O Exército irá, agora, receber 82 em vez dos 122 helicópteros de transporte NH-90, por 3,77 mil milhões de euros (contra 4,69 mil milhões); e 68 em vez de 80 helicópteros de ataque Tiger, por 3,55 mil milhões de euros (face a 3,77 mil milhões). Apenas 40 Tigers entrarão ao serviço, enquanto os restantes serão usados para sobresselentes.

A Marinha irá receber mais 18 helicópteros Sea Lion, especialmente equipados para uso naval, por 1380 milhões de euros. Globalmente, a Airbus e as suas subsidiárias irão entregar menos aparelhos por mais dinheiro, o que levou às críticas dos partidos da coligação liderada pela CDU, daquilo que é apelidado de “mega negócio”. “No seu conjunto, o negócio continua a ser mau e questionável”, afirmou o deputado dos Verdes, Tobias Lindner. “O negócio não foi óptimo, no entanto, é o melhor que conseguimos obter”, respondeu um porta-voz do Ministério da Defesa alemão.

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O NH-90 fez manchete na Imprensa, nos últimos meses, na sequência de problemas com os seus motores e falhas no software usado na sua manutenção. O NH-90 é um helicóptero bimotor multi-usos fabricado pelas indústrias NHI, uma empresa estabelecida pela Agusta, a Airbus Helicopters e a Strok Fokker Aerospace. Pode ser voado por um único piloto e está desenhado para operar de dia ou de noite.

 

Portugal denunciou contrato assinado

O Governo  Português autorizou em Outubro de 2014, uma despesa de até 37 milhões de euros para suportar os custos da denúncia da participação de Portugal no programa de compra de helicópteros NH90. Isto porque de acordo com o porta-voz do Concelho de Ministros Português” devido sua complexidade e a incerteza quanto ao sucesso e vantagem económica”.

“Refira-se que os encargos financeiros com a continuação da participação no Programa NH90 (aquisição dos helicópteros, equipamentos e sistemas, projetos e desenvolvimento) seria superior a 450 milhões de euros”, lê-se, no comunicado divulgado a 23 de Outubro de 2014.

Segundo o Governo, a estes custos acresceriam encargos com o apoio logístico e manutenção dos dez helicópteros NH90, “entre 2012 e 2028, de mais de 180 milhões de euros, num total nunca inferior a 580 milhões de euros”.

O governo Português gastou um total aproximado de 114 milhões de euros com este programa, sem receber um único aparelho. 87 milhões durante a fase de projecto e 37 milhões para a denuncia do contrato.

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